Juventudes Rurais: perspectivas juvenis ao término do Ensino Médio nas escolas no campo em Unaí – Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santana, Romário da Silva
Orientador(a): Redin, Ezequiel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br//handle/123456789/3535
Resumo: O objetivo desse trabalho foi analisar como o perfil socioeconômico, o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) e a autodefinição de jovens rurais estudantes do terceiro ano do Ensino Médio em escolas no campo do município de Unaí/MG influenciam seus projetos juvenis. Trata-se de um estudo quali-quantitativo por meio de pesquisa do tipo survey, bibliográfica e documental. Foi aplicado um questionário composto por 54 questões (abertas e fechadas) a 138 estudantes que cursavam o terceiro ano do ensino médio em seis escolas no campo. Os dados relativos às questões fechadas foram registrados e tabulados por meio do Microsoft Excel e analisados por meio de testes estatísticos, utilizando-se o software R e R Studio. A base de dados final conteve 77 variáveis e 83 observações (participantes). Por sua vez, os dados relativos às questões abertas serão analisados por meio da técnica de Análise Temática (AT). Dessa forma, para facilitar a compreensão e a visualização do processo de resposta, foram realizadas análise de nuvem de palavras no software WordCloud. Confirmando a hipótese questionada na pesquisa, as TICs, bem como o perfil socioeconômico e a autodefinição relatada por esses jovens, parecem, sim, influenciar nos projetos juvenis desses jovens. Foi observado, também, que as jovens do gênero feminino tendem a optar por projetos mais voltados para escolarização e profissionalização, enquanto os jovens do gênero masculino tendem a voltar seu interesse para projetos majoritariamente de profissionalização. À medida que essas jovens rurais indicam pretensão de deixarem o campo, ao optarem por migrar para as cidades, na busca de melhores condições de vida, como mencionado, os jovens rurais apresentam projetos de vida voltados para o meio rural, revelando uma boa aprovação quanto aceitação e permanência no campo. Em contrapartida a essa aceitação por parte dos jovens rurais do gênero masculino, uma das hipóteses que podem contribuir para a saída dessas jovens do meio rural, bem como suas atividades, talvez seja o fato de elas serem consideradas, muitas vezes, como uma peça não muito importante daquele trabalho. Sendo assim, estima-se que um maior investimento em políticas públicas voltadas para a juventude rural possa contribuir para com que os projetos juvenis desses jovens se estabeleçam e, no porvir, se cumpram, trazendo-lhes perspectivas, desejo pela permanência no campo, junto de maiores oportunidades de aprendizado e/ou profissionalizações que se voltem para o meio rural, bem como, quem sabe, talvez torne o campo um atrativo maior para a parcela de jovens rurais do gênero feminino.