Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, GLAUCE SOUZA
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Orientador(a): |
SANTOS, LIVIA MARIA NATALIA DE SOUZA |
Banca de defesa: |
SANTOS, LIVIA MARIA NATALIA DE SOUZA,
SANTOS, JOSE HENRIQUE DE FREITAS,
QUEIROZ, MILENA BRITTO DE,
BARBOSA, HELEN CAMPOS,
FONSECA, SILVANA CARVALHO DA |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
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Programa de Pós-Graduação: |
Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT)
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Departamento: |
Instituto de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37523
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Resumo: |
Nesta tese, intitulada Eu, Tássia Reis, Preta Rara e NegaFya: na encruzilhada das rimas e dos afetos, organizada como um álbum musical, faço leituras de algumas produções das rimautoras Tássia Reis, Preta Rara e NegaFya, ambas, mulheres negras que produzem rimas. As duas primeiras localizadas na cena do Rap, e a terceira na cena do Slam. Nessas leituras, onde também considero minhas experiências, leio tanto os versos, quanto as performances das artistas, em vídeo, observando quais ressignificações, no âmbito das subjetividades negras, são feitas, por meio das representações que essas produções apresentam. A partir daí, desenvolvo a noção das Rimas negro-feministas, operador teórico que aponta para uma noção de rima amalgamada ao corpo feminino negro, suas próprias demandas de reexistência e expressões. Na primeira parte da desta tese relato sobre o meu encontro com as sujeitas da pesquisa, bem como o significado desse encontro, marcado por uma compreensão consciente do meu processo de autoafirmação, como mulher negra, e por decisões fundamentais para o desenvolvimento do trabalho, como a problematização da tradição ocidental entre amor e dor como categorias coloniais e a compreensão da noção de afeto como nossa potência de ação. Depois, discorro sobre como as artistas ao apresentarem um discurso sobre identidades e empoderamento, negam às mulheres negras o tratamento de Outro invisível e fazem uso da voz poética negro-feminista. Também, reflito sobre como essas artistas, por meio de seus repertórios textuais imbuídos de uma poesia emblemática e constitutiva da diferença racial e da autoidentificação, expressam um discurso consolidado numa linguagem insubordinada, rasurando as estereotipias e denunciando as violências com as quais nós, mulheres negras, habitualmente, nos deparamos. Por fim, discorro sobre a minha experiência ao ser recebida no mundo, conectando minha narrativa com a dos versos poético-musicais das rimautoras e suas estratégias de autodefinições. Nesta tese, a fim de encontrar caminhos produtivos de reflexões estabeleci diálogos com os pensamentos de Abdias Nascimento (2016) e (2019), Achille Mbembe (2016) e (2018), Aimé Césaire (2020), Alberto Guerreiro Ramos (1995), Amanda Julieta Souza de Jesus (2020), Ana Cláudia Lemos Pacheco (2013), Ana Lúcia Silva Souza (2011), Angela Davis (2017), Ana Rita Santiago (2012), Aleandro Reyes (2013), Audre Lorde (2019), bell hooks (1995), (2010), (2014), (2017) e (2019), Beatriz Nascimento (2006), Carla Akotirene (2018), Conceição Evaristo (2007), Davi Nunes (2016) e (2020), Florentina Souza (2018) e (2020), Franz Fanon (2008), Gloria Anzaldúa (2000), Grada Kilomba (2019), Henrique Freitas (2016), Homi Babha (1998), Isildinha Baptista Nogueira (1998), Joice Berth (2018), Jovina Souza (2019), Kabengele Munanga (2020), Kimberlé Crenshaw (2002), Laila Rosa e Isabel Nogueira (2015), Lívia Maria Natália de Souza (2016), Leda Maria Martins (2002), (2017) e (2016), Lélia Gonzalez (2018), Luiza Bairros (1995), Maria Dolores Sosin Rodriguez (2019), e (2020), Michel Foucault (1997), Patricia Hill Collins (2019), Paul Gilroy (2012), Spinoza (2009), Sueli Carneiro (2011), Muniz Sodré (2017), Nilma Lino Gomes (2019), Nubia Moreira (2012), Paul Zumthor (2018), Mogobe B. Ramose (1999), Silvana Carvalho Fonseca (2019), Stuart Hall (2009), Tricia Rose (2021), Vilma Piedade (2017) e Vladimir Safatle (2019). |