Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Fidelis, Vinicius Paulino |
Orientador(a): |
Ramos, Davidson Afonso de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UFVJM
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://acervo.ufvjm.edu.br/items/e94a88d4-90b4-421b-bc36-b04004f4eca0
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Resumo: |
Neste trabalho, tomamos como referência espacial a bacia hidrográfica do Rio Jequitinhonha e, como parte dela, o município de Grão Mogol-MG. Do ponto de vista histórico, a ocupação colonial desta região se deu a partir da descoberta da mineração, inicialmente na região central do estado, avançando pela Serra do Espinhaço até o alto Jequitinhonha. A partir desses fluxos de ocupação, temos a formação de povos e comunidades tradicionais que se adaptaram na convivência com o ambiente, no uso de grotas e chapadas. Entretanto, essa complexa relação vem perpassando, há algumas décadas, por modificações, principalmente, por parte dos projetos de desenvolvimento socioeconômico, incentivados pelo Estado, baseados na instalação da monocultura de eucalipto e pinus, construção de grandes barragens de água para a geração de energia elétrica, além das atividades minerárias. Considerando essa breve contextualização, a pesquisa teve por objetivo principal analisar se a monocultura de eucalipto proporciona o desenvolvimento econômico e social, no município de Grão Mogol. O percurso metodológico envolveu pesquisas bibliográficas e documentais dos atores no município, de dados secundários e do banco de dados do projeto Veredas Sol e Lares. Assim, os resultados indicam que, a partir das décadas de 1970, as empresas monoculturas de eucalipto começam a se instalar em Grão Mogol, seja por meio de compras, arrendamentos de áreas devolutas, ocupações de áreas coletivas etc., mas a forma de utilização dos recursos naturais pelas empresas é completamente oposta ao modo de vida já existente no local, inclusive das comunidades geraizeiras. A análise de dados secundários indicou que o município não se destacou; pelo contrário, em alguns casos, como aponta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, apesar de terem ocorrido alterações, perderam-se posições quando comparado ao ranking estadual e nacional. Em análise da situação das comunidades envolvidas no Projeto Veredas Sol e Lares - uma alternativa para o múltiplo aproveitamento energético em reservatórios de usinas hidrelétricas na região do semiárido mineiro, observamos que a monocultura de eucalipto não conseguiu proporcionar o desenvolvimento social e econômico, pois a expropriação das terras tem comprometido todo modo de vida tradicional geraizeiro, prejudicando a relação histórica com a condição de existência das famílias, da agrobiodiversidade e de todo conjunto de relações sociais e produtivas que caracterizavam o território. |