A paisagem natural do Tocantins no século XIX – Concepções geográficas nos relatos de viajantes naturalistas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ribeiro, Reuvia de Oliveira
Orientador(a): Morais, Fernando de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - Ciamb
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/3770
Resumo: As explorações, as delimitações e a descrição são elementos formadores de um campo do saber: os estudos ambientais e, em especial, a Geografia, que surge em uma época cartesiana, são influenciados por conceitos dos exploradores e dos naturalistas. Sobre o campo da superfície da Terra, há produções e estudos com base nas diferenciações entre os ambientes. Com isso, as distintas paisagens da Terra ganham fundamento no estudo com propostas e teorias para formações de vegetações, relevo, influências do clima e alterações dos espaços naturais. Com foco nas paisagens naturais, esta pesquisa tem como base a análise bibliográfica dos relatos de cronistas e viajantes naturalistas que estiveram no norte de Goiás, atual estado do Tocantins, no século XIX. Foram selecionadas as narrativas de Johann Emanuel Pohl (1782-1834), Raimundo José da Cunha Matos (1776-1839), George Gardner (1810-1849), Francis de Castelnau (1810- 1880) e James William Wells (1847-1902) por abarcarem diferentes formações teóricas e propósitos de viagens. Como objetivo, buscaram-se as concepções de paisagem nos relatos em consonância com o momento da ciência geográfica, além das possíveis influências filosóficas nos modos de descrição da natureza por parte dos viajantes. Iniciaram-se os procedimentos metodológicos pelo conhecimento da obra e pela familiarização com o material. Na sequência, realizaram-se identificação de fragmentos de interesse, organização dos fragmentos a partir de onde e como e análise e discussão dos dados obtidos. Os resultados indicam uma visão plural da paisagem marcada pela formação cultural e científica do viajante que estabelece comparações e diferenças com o seu local de origem. São evidenciados os arranjos físico- naturais da paisagem com destaque para avaliação dos recursos hídricos, da vegetação e das condições climáticas do Tocantins, por último, uma avaliação da questão ambiental, embrionária no século XIX, com reflexões a partir do sudeste tocantinense.