Extratos de plantas neotropicais como fonte de obtenção para produtos inseticidas, repelentes e antidengue
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal - Bionorte
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/1066 |
Resumo: | O mosquito Aedes aegypti L. (Diftera: Culicidae) é o principal vetor do vírus da dengue (DENV), febre amarela, Zika e Chikungunya causando várias epidemias em países tropicais e subtropicais. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a composição química dos extratos de Tabebuia heptaphylla, Chiococca alba e Peltastes peltatus, e a atividade entomocida, de repelência e antidegue. Analisamos a toxicidade de diferentes extratos de T. avellanedae obtidos por Soxhlet e Maceração contra larvas de 3º instar de A. aegypti. Nos ensaios de toxicidade dos extratos de T. heptaphylla observa-se que os extratos acetona e acetato de etila obtidos por Soxhlet foram mais tóxicos contra larvas de 3º instar de A. aegypti, with CL50 of 100.1 and 151.0 μg/mL, respectivamente. Neste contexto, em todos os casos, os extratos de T. heptaphylla apresentaram 100% de mortalidade contra larvas de 3º instar após um período de 12 horas. Enquanto nos ensaios de repelência de T. heptaphylla, cinco tipos de concentrações (0,2; 0,4; 2.0; 4.0; 8.0 mg/cm2) foram testadas e as duas formulações repelentes (Gel e Creme) incorporadas ao extrato metanólico na concentração de 4,0 mg/cm2 apresentaram maior proteção (100%) durante 3 horas de exposição. Para teste de repelência com o extrato metanólico de C. alba, a formulação com propilenoglicol e álcool a 70%, apresentou 100% de proteção durante 3 horas. Além disso, vários compostos químicos identificados nos extratos clorofórmico e hexânico de T. heptaphylla, como naphthoquinone2_6_di_tert_butylnaphthalene (lapachol) e 2_2_dimethyl_2H_naphtho[2_3_b]pyran_5_10_dione apresentaram interação com o receptor da proteína de ligação a odores do A. aegypti (AaegOBP1). Assim também foi envidenciada a interação desse receptor com os compostos químicos rutina, álcool oleílico, trifluoroacetato, ácido 3,5-dimetoxicinâmico e ácido (E) -4-metoxicinâmico presentes no extrato de C. alba, Em relação a atividade anti-dengue de C. alba foram realizados testes contra vírus DENV-2. O extrato hexânico com 6.25 μg/μL mostrou redução no título viral de ≅ 39%. Enquanto o extrato acetona de Peltastes peltatus com 50 μg/μL apresentou uma redução no título viral de ≅ 55,63%. Os resultados foram superiores ao composto sintético antidengue, ribavirina, nas concentrações 146.5ug/uL que apresentou redução de títulos virais de 49,19%. Baseado nestes resultados, os extratos de T. heptaphylla e C. alba podem ser utilizados no desenvolvimento de repelentes para A. aegypti. E ao mesmo tempo esses extratos e o extrato de Peltastes peltatus podem ser potencialmente usados para prospectar formulações contra o vírus DENV- 2. |