Abordagem participativa na elicitação de requisitos em ambientes virtuais para aprendizes surdos

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Luz, Héllen Souza
• Orientador(a): Santos, eorge França dos
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins; Palmas
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Modelagem Computacional de Sistemas - PPGMCS
• País: BR
• Palavras-chave em Português: Elicitação de Requisitos; Ambiente virtual de Aprendizagem; Surdo; Design Participativo; Elicitation of requirements; Virtual learning environment; Deaf; Participatory design
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::CIENCIA DA COMPUTACAO
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/4010

Esse estudo tem como objetivo elicitar um conjunto de requisitos para um Ambiente Virtual de Aprendizagem que garanta a compreensão e consideração da cultura surda a partir das abordagens metodológicas utilizadas cujo surdo foi protagonista do processo. Secundariamente, este trabalho apresenta, de forma detalhada, a utilização dos grupos focais no processo de elicitação de requisitos de software e uma abordagem das ciências sociais, a análise de conteúdo temática-categorial, para análise dos dados resultantes dos grupos focais que garanta a robustez necessária ao processo de engenharia de software. Para tanto, desenvolve-se uma pesquisa-ação que se inicia em uma revisão de literatura integrativa que permitiu reunir referências pesquisadas de forma sistemática a outros materiais relevantes para o estado da arte acerca do design de ambientes web voltados para o público surdo. Em seguida, investigam-se as necessidades de os surdos em relação ao uso de ambientes web como suporte ao processo de aprendizagem através de Grupos Focais e Oficinas de Design Participativo. Por fim, elabora-se um catálogo de requisitos para ambientes de aprendizagem web voltados ao surdo com base análise comparativa dos dados obtidos no referencial teórico, nos grupos focais e na oficina de design participativo. A pesquisa possibilitou verificar que, apesar da existência de padrões de acessibilidade e das garantias constitucionais direcionadas ao povo surdo, muito precisa ser feito para que sua inclusão em ambientes escolares e informacionais digitais seja garantida. Esse atraso pode estar relacionado às abordagens metodológicas utilizadas para compreender e ensinar a diferença do surdo ao longo dos tempos. Dessa forma, a compreensão e consideração da cultura surda pode ser considerada a força motriz das demais soluções endereçadas à inclusão e atendimento do surdo nos diversos ambientes. Essa compreensão deve perpassar as iniciativas de desenvolvedores, designers, professores, desenvolvedores de conteúdo para que o surdo seja efetivamente atendido.