Saúde do trabalhador: vulnerabilidade em hortas comunitárias frente ao uso de agrotóxicos em Palmas (Tocantins)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Castro, Ravena Gentil de
Orientador(a): Castro, José Gerley Díaz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - PPGCS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/325
Resumo: uso indiscriminado de agrotóxicos na agricultura, torna esta, uma das mais perigosas ocupações da atualidade. O uso de agrotóxicos representa um grave problema ambiental e de saúde pública nos países em desenvolvimento. A contaminação do trabalhador rural em decorrência do manejo inadequado de agrotóxicos e defensivos agrícolas tem aumentado no Brasil, embora tenham crescido o número de pesquisas voltadas para o conhecimento do impacto destes produtos na saúde humana, ainda é insuficiente para conhecer a extensão da carga química de exposição ocupacional e a dimensão dos danos provocados ao ser humano. No Tocantins, o cultivo de hortaliças está em expansão, sendo essa medida, parte da estratégia econômica de produção local, que visa reduzir a dependência externa de abastecimento dessas oleráceas, atrelado a esta expansão está o consumo de agrotóxicos. Objetiva-se analisar características sócio- profissionais e econômicas, de saúde e de uso e manuseio de agrotóxicos por trabalhadores agrícolas em hortas comunitárias no município de Palmas (TO). Realizou-se um estudo descritivo, quantitativo, através da aplicação de questionários a 39 produtores de hortaliças, o levantamento dos dados ocorreu entre setembro de 2015 e maio de 2016. A maioria dos produtores eram mulheres (66,7%) com idade média de 53 anos e com Ensino Fundamental incompleto (71,8%). A maioria (92,3%) utiliza agrotóxicos no combate de pragas nos cultivos. Foi verificado que (69,2%) trabalham a mais de cinco anos nas hortas comunitárias, entre 31 e 40 horas semanais (33,3%), possuindo significativo tempo de exposição aos agrotóxicos. A maioria (52,78%) não faz leitura dos rótulos das embalagens de agrotóxicos. Dentre eles, 28,21% referiram ter sofrido pelo menos um caso de intoxicação no decorrer da vida, e 97,44% informa já ter sentido algum desconforto associado à exposição ao agrotóxico. Apenas 38,46% dos produtores informaram usar equipamento de proteção individual (EPI). Dentre os agrotóxicos utilizados nas hortas comunitárias, encontram-se proibidos no Brasil, Dentre os produtos referidos, encontram-se proibidos no Brasil, o Rodiatox, Folidol, o Tamaron, Nuvacron e Chumbinho . As conclusões deste trabalho indicam a utilização de agrotóxicos pelos trabalhadores das hortas comunitárias em condições inseguras de trabalho comprometendo a saúde destes, foi possível identificar fatores de risco e de proteção relacionados à saúde dos trabalhadores, no que diz respeito à intoxicação por uso de agrotóxicos.