Educação do/no campo e o contexto da educação na alternância: o caso da escola Família Agrícola de Porto Nacional-TO
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Porto Nacional |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGG
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/449 |
Resumo: | Sabe-se que o setor agropecuário é um dos espaços que gera uma gama de novas relações sobre o território, onde se criam paisagens antagônicas e de profundos impactos sobre a formação espacial que (re)organizam o território brasileiro, o que gera novas disposições territoriais devido ao exercício da atividade agropecuária, que modifica radicalmente as clássicas relações campo-cidade. Considerando a premissa citada, juntamente com a proposta socioconstrutivista de ensino que diverge da rigidez dos procedimentos padrões, com esse olhar sobre o ensino da Geografia no ensino tecnicista, o presente trabalho tem como objetivo geral identificar e analisar as disciplinas que estão voltadas para uma formação que prioriza a Educação do Campo (mesmo no contexto de uma agricultura familiar), bem como as disciplinas que priorizam a formação para o agronegócio (força de trabalho) presentes no plano de curso da EFAPN, em especial no que tange à disciplina de Geografia. Nessa intenção, foram traçados alguns objetivos específicos para a presente verificação, sendo: contextualizar a educação do/no campo e a pedagogia da alternância para compreender, posteriormente, o surgimento da EFAPN enquanto equipamento de ensino no espaço do camponês tocantinense; situar a formação técnica da EFAPN no contexto histórico produtivo das relações agrárias produzidas em meio à expansão do agronegócio; e analisar e apresentar os rompimentos das fronteiras no ensino da EFAPN em relação à formação técnica profissional integrada. No que diz respeito aos procedimentos metodológicos, o ponto de partida foi a análise do plano de curso da EFAPN. Em seguida, fez-se o esforço de (re)visitar todas as categorias de análises que aparecem nas discussões deste trabalho (ensino, ensino de geografia, agronegócio, escolas rurais etc.), primando por uma revisão bibliográfica sobre a educação do/no campo, da pedagogia da alternância e, consequentemente, sobre a vinculação dessas temáticas com a criação da EFAPN. O método utilizado foi o materialismo histórico e dialético, buscando elucidar o processo histórico da educação do campo e sua vinculação à expansão do agronegócio em Porto Nacional. Nessa perspectiva, a presente proposta de pesquisa está inserida na abordagem de um estudo Geo-Territorial. O recorte temporal do trabalho inicia-se na década de 90, quando foi implantada a Escola Família Agrícola no município de Porto Nacional, embora não se deixará de percorrer o caminho histórico de sua implantação, que remonta a década de 60, aqui no Brasil, e também a sua primeira implantação, pautada em meados dos anos 30, na França. O atual trabalho se justifica por se saber que o ensino da geografia caminha a passos lentos no Brasil devido à utilização de abordagens tradicionais utilizadas no processo de ensino e aprendizagem, que não procura privilegiar as vivências e protagonizar os sujeitos na construção do conhecimento. Outra justificativa se dá pela experiência do atual pesquisador no seu último ano de graduação, em meio a um projeto de extensão universitário intitulado “O olhar geográfico sobre a cidade e as manifestações artísticas e culturais: cinema, música, literatura e pintura na construção da cidadania”, da Universidade Federal do Tocantins, que procurou contemporizar, por meio da abordagem socioconstrutivista, o ensino da geografia na EFAPN. Esta pesquisa torna-se complacente por tratar da educação do campo, área do conhecimento com escassos debates no ambiente acadêmico brasileiro e, logo, com infrequentes publicações. |