Queijo artesanal de minas – patrimônio, memória e identidade: o discurso do dossiê/IPHAN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Megale, Vanessa Junqueira
Orientador(a): Branco, Luiza Katia Castello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Sapucaí
Porto Alegre
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Ciências da Linguagem
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/2447
Resumo: Nessa pesquisa, propomos compreender o funcionamento discursivo do documento intitulado Dossiê/IPHAN do queijo Artesanal de Minas como Patrimônio Cultural, considerando a historicidade da(s) discursividade(s) sobre as condições de produção do queijo dessa região, como patrimônio histórico cultural, analisando seu discurso, que trata do patrimônio histórico no Estado de Minas Gerais. Propomos, ainda, compreender o modo como o sujeito produtor desse queijo, diante do ato de fazê-lo, se subjetiva/se reconhece e é subjetivado/é reconhecido a partir dos dizeres do Dossiê. Nossa tese se filia à teoria da Análise de Discurso segundo Michel Pêcheux e Eni P. Orlandi, a partir de que mobilizamos conceitos fundamentais como discurso, historicidade, memória discursiva, condições de produção, dentre outros, para, num movimento de vai-e-vem em nosso arquivo de leitura, analisarmos o Dossiê/IPHAN do Queijo Artesanal de Minas, em relação a outros materiais como notícias da mídia, imagens do próprio Dossiê, leis sobre patrimonialização, para compreender o funcionamento discursivo dos dizeres sobre o fazer queijo de minas significado como patrimônio histórico cultural do Brasil. A hipótese de pesquisa é que o presente documento Dossiê/IPHAN do queijo Artesanal de Minas Gerais, apesar de trazer em seu dizer fortes marcas de memória e identidade cultural do “povo mineiro” (mais especificamente da região da Serra da Canastra - em que se dá o fazer e a comercialização do queijo), significando o como mais um registro no patrimônio nacional desse sujeito e de seu fazer, falha ao desconhecer o movimento histórico que o constitui não conseguindo imobilizá-lo. Como resultado, concluímos que os efeitos de sentido produzidos pelo documento provocam uma tensão entre o dever/poder ser patrimonializado e a impossibilidade de fazê-lo, já que o funcionamento da memória a respeito do queijo, do seu fazer e do sujeito que o produz em seu fazer se atualiza e/ou se transforma em seu percurso na história.