Análise espaço-temporal da cobertura e uso da terra na Bacia Hidrográfica do Rio Formoso, Tocantins
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional - PPGDR
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/6641 |
Resumo: | O presente estudo teve como objetivo compreender o processo de mudança de cobertura e uso da terra na Bacia Hidrográfica do Rio Formoso (BHRF), sua relação com o planejamento territorial proposto no Plano de Bacia Hidrográfica (PBH-Formoso) e suas implicações ambientais. Para isso, foram utilizados os dados do mapeamento de cobertura e uso disponibilizado pela 5ª Coleção do Mapbiomas (2020), entre os anos de 2007 a 2019, a Base Cartográfica do estado do Tocantins e o Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Formoso. O método consistiu na quantificação das classes temáticas, realização da transição anual por meio do software ArcGIS, análise utilizando a Matriz de Tabulação Cruzada proposta por Poncius- Jr et al. (2004), e comparação com o zoneamento ambiental estabelecido no Plano de Bacia e limite total da área de estudo. Foram identificadas nove classes de cobertura e uso da terra, sendo estas: formação savânica, pastagem, formação florestal, soja, formação campestre, lavouras temporárias, corpos hídricos, áreas não vegetadas e infraestrutura urbana, citadas em ordem de maior contribuição na paisagem da BHRF. Observou-se o decréscimo total das áreas naturais (campestre, florestal e savânica), onde apenas a formação florestal apresenta sutil recuperação a partir do ano de 2018, e aumento das áreas agrícolas (pastagem, lavouras temporárias e soja). Em média, anualmente, cerca de 3,04% da área total da bacia sofre algum tipo de alteração e 96,96% apresenta persistência de cobertura e uso. No contexto geral, as classes de pastagem e savânica são as que mais convertem e são convertidas em outros usos, demonstrando seu papel intermediário no contexto da bacia. As formações campestre e florestal foram as que mais perderam áreas proporcionalmente, demonstrando relativa passividade, enquanto que as lavouras temporárias e cultivo de soja são as principais beneficiadas, apresentando papel ativo na transformação do ambiente, ao passo que as demais classes pouco participaram do processo. No contexto interno às classes agrícolas, entre 2007 e 2013, as áreas de pastagem eram convertidas em sua maioria para lavouras temporárias, de modo que de 2013 a 2019, a principal beneficiada passou a ser o cultivo de soja, demonstrando a prevalência desse cultivo específico na região, ressaltando que seu crescimento principal se dá por esta vertente, sendo pouco expressivo o aumento sobre áreas naturais. No que tange as áreas naturais, a conversão marcante de áreas florestais em savânicas sugere possível impacto do contexto hidrogeológico e climático no crescimento de espécies mais resistentes ao déficit hídrico. O zoneamento estabelecido no PBH-Formoso teve pouca influência no processo de transição, visto que nas áreas de alta utilização agrícola houve manutenção quantitativa das áreas naturais e nas zonas proteção, estas áreas foram reduzidas. Desta forma, sugere-se a revisão do PBH- Formoso que contemple zoneamento ambiental que leve em consideração os usos pré-existentes e seu comportamento, a definição de áreas de interesse ambiental com base na diversidade ecológica e propensão a recarga de aquíferos, instituição de mecanismos que ponderem a relação de poder entre os atores e sua efetiva participação no processo de decisão para compatibilização dos conflitos. |