Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Sacramento, Bruna Henrique |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191991
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Resumo: |
Em um cenário de fragmentação florestal da Mata Atlântica e mudanças climáticas, ações para implementação de conectividade entre remanescentes florestais permitem a resiliência desse bioma e a redução de emissão de gases de efeito estufa. O presente estudo teve como objetivo elaborar uma proposta metodológica para estabelecimento de conectividade de fragmentos florestais remanescentes de Mata Atlântica e avaliar e comparar os cenários de emissões de gases de efeito estufa com e sem a implementação de um projeto de Redução de Emissões por Desflorestamento e Degradação Florestal (REDD) em fragmentos de Mata Atlântica inseridos na Bacia Hidrográfica do Rio Sorocabuçu, em Ibiúna, São Paulo, Brasil. Para elaboração da base cartográfica, foram vetorizados curvas de nível, pontos cotados e hidrografia a partir de cartas topográficas em escala 1: 10.000. Foi elaborado um Modelo Digital de Terreno por Rede Irregular Triangular e gerada a declividade percentual da área de estudo, classificada de acordo com o relevo. Foi feita a compartimentação morfométrica da bacia hidrográfica. O mapeamento do uso do solo e cobertura vegetal foi feito por interpretação visual de ortofoto Vexcel Ultracam com resolução espacial de 0,45 m, referente a 2010. Com o auxílio do Google Earth Pro, foram realizadas retificações para 2019. Foram avaliadas métricas de paisagem com relação ao tamanho, borda, forma e isolamento de fragmentos florestais pela extensão Patch Analyst, além do Índice de Exposição Antrópica (IEA). Foram determinadas as Áreas de Preservação Permanente (APP) de acordo com o Código Florestal Brasileiro. Também foi determinada a Capacidade de Uso da Terra da área de estudo. Informações quanto a declividade, APP, isolamento, Uso do Solo e Cobertura Vegetal, Capacidade de Uso da Terra e IEA foram ponderadas por meio de Análise Hierárquica de Processos (AHP) para determinação dos locais com Viabilidade para Conectividade Florestal (VCF). A Proposta de Conectividade Florestal (PCF) abordou dados da VCF e aspectos legais. Foram modelados cenários de emissão de gases de efeito estufa por meio da ferramenta REDD para 30 anos. Os procedimentos foram realizados no ArcGIS 10.6 e no TerrSet 18.10. A altitude da BHRS variou entre 837,02 e 1.203,34 m. As declividades médias do baixo, médio e alto cursos foram de 24,35%, 20,30% e 13,14%, respectivamente. Em ambos os períodos analisados, a classe de uso do solo com maior representação foi Mata. Os fragmentos florestais do baixo curso apresentaram maior isolamento médio. No baixo e no médio curso os fragmentos florestais apresentaram IEA baixo e médio. 65,59% das APP apresentam-se conservadas. 61,77% da BHRS foi recomenda para uso conservacionista, de acordo com a Capacidade de Uso da Terra. Quanto à VCF, a AHP demonstrou razão de consistência satisfatória (8,7%) e 71,45% da BHRS possui alta VCF. Por meio da PCF foram delimitadas 11 faixas de conectividade florestal na área de estudo. Pelos dados da modelagem REDD, o projeto de conectividade florestal representaria uma redução de 78% de emissão de gases de efeito estufa. Projetos dessa natureza são relevantes, dada a importância da vegetação para a paisagem e da Mata Atlântica para a biodiversidade mundial. |