Mudanças de uso da terra e estimativas de emissões antrópicas de CO2 em bacia hidrográfica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Sousa, Jocy Ana Paixão de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152685
Resumo: As interferências antrópicas sobre natureza sempre provocaram impactos ambientais. Porém, entre os mais significativos encontram-se as mudanças de uso da terra, nos quais contribuem com as emissões dos gases do efeito estufa. Entre esses principais gases destacam-se o dióxido de carbono, CO2. O estudo apresentou como objetivo estimar as emissões do dióxido de carbono devido as mudanças de uso da terra para a análise do fluxo de carbono em bacia hidrográfica. A área de estudo localiza-se na Bacia Hidrográfica do Rio Una, Ibiúna, São Paulo. Para atingir os objetivos foram realizados o mapeamento de uso do solo e cobertura vegetal, mapeamento pedológico, análise da textura do solo, mapeamento da vegetação pretérita, estoque de carbono sob associação solo-vegetação, matriz de transição e os cálculos das emissões líquidas de CO2. Constatou-se que em relação ao mapeamento do uso do solo e cobertura vegetal, o maior quantitativo foi de floresta e estas predominam no sul da bacia. Ao longo de nove anos houve uma redução de florestas, campo e área alagada e um aumento da área de agricultura, área urbana, pastagem e reflorestamento. Foram encontrados solos do tipo Argissolos e Latossolos, além das texturas argilosa, franco-argilo-arenosa, argilo-arenosa e franco-argilosa. Para a vegetação pretérita constatou-se floresta ombrófila densa montana, floresta estacional decidual e semidecidual. Em relação ao conteúdo de carbono no solo sob a associação solo-vegetação foram definidos valores que variam de 2,59 a 6,33 Kgc/m2. Nas matrizes de transições para os períodos de 2007-2010, 2010-2013 e 2013-2016, observou-se que a floresta convertida para as demais categorias apresentou posição de destaque. As emissões líquidas para todos os períodos mostraram que há mais emissões do que remoções na bacia, com um destaque para o período de 2013 a 2016, em que houve uma maior estimativa de emissões CO2, porém a menor remoção ocorreu no último período. A pesquisa mostrou que a maioria das transições que ocorreram foram em função da mudança de floresta para outras categorias, fator que mais contribuiu para emissões líquidas de CO2, resultante do intenso processo de antropização da bacia.