Resposta de duas fitofisionomias de cerrado stricto sensu (cerrado típico e ralo) ao distúrbio recorrente provocado por fogo, ao longo de três anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Sousa, Ozana Glória de
Orientador(a): Pelicice, Fernando Mayer
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Porto Nacional
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ecótonos - PPGEE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/959
Resumo: O Cerrado, Bioma Savânico brasileiro, vem sofrendo há anos com a alta recorrência do fogo, levantando questionamentos sobre os efeitos que isso pode provocar para a sua flora. O estado do Tocantins, que tem a maior parte do seu território coberto pelo Cerrado, registra todos os anos alto número de queimadas. Nosso objetivo, foi investigar a resposta de duas fitofisionomias de Cerrado Stricto Sensu (Cerrado Típico e Cerrado Ralo) a queimadas anuais em três anos sucessivos (2010, 2011, 2012). O estudo foi realizado na Fazenda São Judas Tadeu, nos municípios de Porto Nacional e Brejinho de Nazaré, Tocantins – Brasil. Em cada fisionomia nós amostramos a vegetação de 15 parcelas (10x5m) queimadas anualmente e 5 parcelas sem registros de queimadas nos últimos 3 anos. Avaliamos as mudanças anuais na abundância de indivíduos e na riqueza e na composição de espécies. Mostramos, empregando técnica de rarefação, que a riqueza de espécies foi maior nas parcelas queimadas, tanto no Cerrado Típico quanto no Cerrado Ralo. No Cerrado Típico notamos uma tendência a maior semelhanças florísticas entre as parcelas controle (MNDS), mas isso não foi evidenciado para o Cerrado Ralo. Em dominância, as espécies com maior número nas parcelas controle diferiram das mais encontradas nos grupos de fogo, para as duas áreas de Cerrado. Concluímos que, mesmo em condições de alta frequência do fogo, o Cerrado Típico mantém a riqueza e a composição de espécies, mas no Cerrado Ralo essa alta frequência levou a alterações nesses parâmetros.