Avaliação do potencial bioindicador de Eugenia dysenterica dc. exposta a diferentes concentrações de Glifosato e Fipronil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Azevedo, Lícia Priscila Nogueira
Orientador(a): Silva, Kellen Lagares Ferreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - Ciamb
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/3446
Resumo: O avanço agrícola sobre o Cerrado tem provocado inúmeros problemas ambientais. A vegetação nativa tem sido substituída por grandes monoculturas que fazem uso intensivo de agrotóxicos. Essas substâncias químicas provocam modificações indesejáveis nos ecossistemas, destacando a contaminação de espécies florestais nativas não alvo, através da deriva. Entre as diversas espécies frutíferas do Cerrado, Eugenia dysenterica DC., popularmente conhecida como cagaita, destaca-se por seu múltiplo uso pelas comunidades locais. Em função do potencial deletério dos agrotóxicos sobre a saúde humana e ao meio ambiente, torna-se imprescindível buscar mecanismos que monitorem as condições ambientais. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos do glifosato e fipronil em Eugenia dysenterica DC. e o seu uso em potencial como bioindicadora da presença dessas substâncias no ambiente. Os experimentos foram conduzidos na casa de vegetação da Universidade Federal do Tocantins – UFT, campus de Palmas, e foram analisadas a toxicidade visual, as características fisiológicas e morfoanatômicas de E. dysenterica, exposta a concentrações de 0, 550, 1110 e 2220 g.e.a.ha-1 do glifosato e 0, 260, 520 e 1040 g.i.a.ha-1 de fipronil, respectivamente. Os resultados apontam que o glifosato causou toxicidade nas folhas em todos os tratamentos. Reduções gradativas da fotossíntese (A), condutância estomática (gs) e da transpiração (E), em resposta ao aumento da dose, no decorrer dos dias, também foram identificados. O glifosato causou danos às estruturas anatômicas das folhas de E. dysenterica em todas as doses. Em relação ao fipronil, houve sintomas de toxicidade na maior dose e decréscimo na fotossintética, condutância estomática e transpiração que variaram em função da dose e do tempo de exposição. Também foram identificadas modificações anatômicas nos tecidos em todos os tratamentos. Diante dos dados analisados, pode-se afirmar que as plantas de E. dysenterica são sensíveis a ação do glifosato e fipronil. Foram identificados efeitos negativos desses agrotóxicos nos parâmetros morfológicos, fisiológicos e anatômicos que foram potencializados em função da dose e do tempo de exposição. No entanto, ressalta-se a necessidade de pesquisas mais detalhadas, buscando ratificar em campo a eficácia dos parâmetros bioindicadores identificados nessa pesquisa