Uso potencial de análises fisiológicas e morfoanatômicas de Hymenaea Courbaril L. (Fabaceae) como subsídio ao biomonitoramento ambiental em áreas expostas ao glifosato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Moraes, Any Karoline Cardoso de
Orientador(a): Silva, Kellen Lagares F.
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - Ciamb
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/2764
Resumo: O uso intensificado de glifosato em áreas de Cerrado tem causado diversos danos socioambientais. A utilização deste herbicida pode resultar na deriva para áreas adjacentes as lavouras afetando comunidades não-alvos. Objetivou-se analisar os efeitos fisiológicos e morfoanatômicos em Hymenaea courbaril Lindl (Fabaceae) (jatobá-da-mata) expostas ao glifosato, fornecendo subsídios para utilização da espécie, em campo, a fim de indicar possíveis características bioindicadoras da presença desse herbicida. Foram produzidas mudas a partir de sementes e aclimatadas em viveiro. O experimento consistiu em 8 tratamentos, com 4 repetições cada, incluindo 7 diferentes doses do glifosato: 25, 50, 100, 200, 400, 800, 1200 g i.a. ha-1 e o controle (0g). Foram realizadas análises fisiológicas nos mesmos folíolos das folhas avaliadas para: concentração de pigmentos cloroplastidicos, avaliação da permeabilidade de membranas e analises morfoanatômicas. As mudas de H. courbaril, apresentaram tendência a diminuir os valores dos parâmetros fisiológicos em A, gs, E, EUA e EiC, e aumento de Ci e Ci/Ca indicando aumento na concentração de CO2 no mesofilo foliar. O glifosato não provocou danos significativos no conteúdo de pigmentos cloroplastidicos, bem como na degradação da membrana. Danos visíveis foram encontrados 5 DAA a partir da dose 50g i.a ha-1 , indicando clorose foliar, sendo que aos 9 DAA, as gemas do meristema apical estavam necrosadas nessas plantas. Esses efeitos foram mais pronunciados nas plantas expostas a 1200g i.a. ha-1 . Houve redução significativa na espessura da epiderme abaxial nas plantas expostas a maior dose de glifosato. Foram observadas alterações anatômicas no mesofilo das plantas, dentre elas destaca-se a retração de membrana, mudança no formato dos cloroplastos e aumento de espaços intercelulares. Sendo assim, Hymenaea courbaril apresentou parâmetros que podem ser usados como caracteres bioindicadores para auxiliar no monitoramento de deriva de glifosato, em plantas não-alvo, presente nos fragmentos vegetais do Cerrado