Saúde e Nutrição de Crianças Internadas em Unidades Neonatais e sua Relação com a Alimentação Recebida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Teixeira, Luciana Ramos de Macedo
Orientador(a): Pereira, Renata Junqueira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - PPGCS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/1456
Resumo: Alguns recém-nascidos estão sujeitos a passar por intercorrências clínicas que podem determinar sua internação, logo após o nascimento, para cuidados intensivos de recuperação da saúde. O desenvolvimento adequado desses bebês depende diretamente do equilíbrio entre o suporte das necessidades biológicas, o ambiente e a família. Nesse sentido, o monitoramento dos parâmetros antropométricos refletirá o desenvolvimento e a oferta de nutrição adequados, bem como propiciará mais rápida recuperação da saúde e prevenção de novos agravos. O presente trabalho buscou relacionar o estado nutricional antropométrico de recém-nascidos internados em unidades de cuidados neonatais, ao tipo de alimentação recebida durante a internação. Tratou-se de um estudo observacional retrospectivo, com amostra de 242 neonatos, que estiveram internados nas unidades de terapia intensiva e cuidados intermediários convencionais do Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos, em Palmas, Tocantins. Os dados foram coletados das fichas de cadastro de receptores do Banco de Leite Humano, durante os meses de fevereiro a setembro de 2017 e avaliadas as seguintes variáveis: idade gestacional, peso ao nascer e na alta, comprimento e o perímetro cefálico ao nascer, durante o período de internação e na alta, ganho de peso diário, tempo de internação e dieta recebida. As variáveis numéricas foram avaliadas quanto a normalidade por Skewness, Kurtosis e Shapiro-Wilk e foram comparadas por análise de variância. Os testes de Qui-quadrado, t-Student, Mc Neimar, Mann-Whitney, Exato de Fischer e correlação de Pearson foram utilizados. Observaram-se diferenças significativas entre os grupos de neonatos prematuros e a termo e entre os grupos separados por unidade de internação, para as seguintes variáveis: período de internação, peso ao nascer, peso na alta, comprimento ao nascer, durante a internação e na alta, perímetro cefálico ao nascer, durante a internação e na alta, classificação do estado nutricional ao nascer e na alta, e dieta predominante. Houve predominância de bebês prematuros e do sexo masculino, os que nasceram com maior peso tenderam também a ter o peso mais elevado na alta, remetendo ao crescimento compensatório. Houve declínio do estado nutricional da população estudada, na alta hospitalar, independentemente da unidade de internação. No entanto, aqueles internados na unidade de cuidados intermediários apresentaram melhores médias de comprimento ao nascer. O ganho de peso durante a internação não apresentou diferença estatística, quando comparados prematuros e a termo. Houve predominância da oferta de leite materno aos prematuros internados em unidades de terapia intensiva, enquanto dentre os que receberam fórmulas comerciais predominavam as nascidas a termo. Os neonatos que receberam fórmula infantil obtiveram maior ganho de peso na alta. Os prematuros permaneceram mais tempo internados e apresentaram pior evolução do perfil antropométrico. Ressalta-se a importância do suporte nutricional adequado e de qualidade, diante dos impactos da prematuridade e da internação neonatal na mortalidade infantil.