Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Dutra, Letícia Veríssimo [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/70915
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Resumo: |
Objetivo: Avaliar os níveis de IgA, IgG e anticorpos totais anti-SARS-CoV–2 no colostro e leite materno de gestantes que tiveram infecção por COVID-19 no parto/puerpério e com 90 dias pós-parto, além de descrever a evolução clínica e os indicadores antropométricos dos filhos dessas mulheres. Métodos: Foi realizado um estudo de coorte prospectiva no Hospital da Mulher de São Bernardo do Campo (HM-SBC), com gestantes e puérperas que tiveram infecção por COVID-19 e seus recém-nascidos (RN). As avaliações aconteceram em dois momentos. No momento do parto, foram identificadas 263 gestantes, no qual foram coletadas amostras de sangue materno e de cordão umbilical e colostro para a identificação de IgA e IgG anti-SARS-CoV-2 e coleta de dados sociodemográficos, antecedentes gestacionais, avaliação nutricional da gestante e avaliação do RN. Aos 90 dias após o parto, as duplas foram reconvocadas para nova avaliação, compareceram nesse momento 85 duplas, e foram coletadas novas amostras de sangue materno e do lactente e leite materno para identificação de IgA e IgG anti-SARS-CoV-2 e evolução clínica e antropométrica do bebê. Resultados: Sintomas clínicos neonatais durante a internação foram observados em 55 recém-nascidos (33,3%) e dois (1,6%) testaram RT-PCR positivo para COVID-19. Colostro positivo para IgA anti-SARS-CoV-2 foi encontrado em 117 (70,9%) mulheres. A mediana do tempo entre a infecção por COVID-19 e o parto foi de 86,0 dias (26,5; 179). Quinze (21,7%) dos recém-nascidos apresentaram intercorrências clínicas durante o período de hospitalização. Recém-nascidos que tinham RT-PCR positivo para SARS-CoV-2 tiveram mais de vinte vezes mais chance de apresentar síndrome do desconforto respiratório (OR = 21,31; IC 95% 2,24 a 201,68; p = 0,008) e para cada dia de infecção de COVID-19 na gestação mais próximo do parto aumentava em 0,07% a chance de positividade nos recém-nascidos (OR = 1,007; IC 95%1,001 a 1,014; p = 0,026). Aos 90 dias pós-parto, 61 (71,8%) dos lactentes estavam em aleitamento materno. Observou-se piores indicadores antropométricos em comparação ao padrão de referência. Observou-se aumento da positividade dos níveis séricos para Anti-SARS-CoV-2 IgG (p < 0,001) e Anti-SARS-CoV-2 IgA (p = 0,022) nas mulheres. Por outro lado, houve uma queda significativa do percentual de valores positivos de Anti-SARS-CoV-2 IgA no leite materno (p < 0,001). Quanto aos lactentes, pode-se verificar redução da positividade para Anti-SARS-CoV-2 totais entre os dois momentos (p = 0,008). Conclusões: A presença de IgA anti-SARS-CoV-2 no colostro foi detectada em mais de dois terços das mulheres avaliadas e foi associada a uma menor frequência de sintomas clínicos neonatais em seus recém-nascidos. Recém-nascidos, que testaram positivo para SARS-CoV-2 apresentaram maior risco de distúrbios respiratórios e a infecção materna mais próxima do parto aumentou a chance de positividade nos recém-nascidos. Lactentes aos 90 dias de vida apresentaram piores indicadores antropométricos e foi possível se detectar anticorpos totais e IgA Anti-SARS-CoV-2 no sangue e leite materno, além do lactente aos 90 dias pós-parto. |