Função geoambiental de depressões doliniformes na planície do araguaia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Manchola, Oscar Eduardo Paez
Orientador(a): Morais, Fernando de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - Ciamb
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/5723
Resumo: A análise geoambiental constitui-se uma ferramenta multidisciplinar capaz de avaliar de forma integrada as dinâmicas socioambientais com base nos processos geológicos, geomorfológicos e pedológicos, com base neste pressuposto este trabalho teve como principais objetivos caracterizar a função geoambiental das depressões doliniformes localizadas na Planície do Araguaia, na região central do Brasil, para isto foram estruturadas quatro etapas de realização, sendo a primeira etapa constituída de uma revisão bibliográfica contento a fundamentação teórica das possíveis características cársticas destas feições; na segunda etapa foram identificadas as terminologias empregadas na nomeação, destas estruturas doliniformes, por meio métodos linguísticos como a aplicação da ficha lexicográfica toponímica e análise de redes para avaliar a relação do uso das terminologias em diferentes estudos acadêmicos. Na terceira etapa foi realizado o mapeamento e analise da morfometria e distribuição das depressões por meio da fotointerpretação de imagens do satélite Sentinel 2A sobreposto a modelos de elevação digital de 30 metros de resolução; e na última etapa foi analisada a função geoambiental das depressões doliniformes no contexto da paisagem por meio da sobreposição de mapas temáticos e aplicação de modelo geoespacial de suscetibilidade ambiental. Os resultados obtidos por meio ficha lexicográfica identificaram a uma estreita relação semântica entre as tipologias ipuca, impuca e dolina associadas a depressões inundadas cobertas por vegetação, pois os seus significados enfatizam a ideia da água como um forte elemento modelador do terreno. Por outro lado, as aplicações das terminologias ipuca representou uma alta frequência em trabalhos de índole interdisciplinar, já o conceito impuca foi amplamente observado em estudos florísticos (disciplinares). Por meio do mapeamento e analise morfométrico foi possível identificar identificar 24.023 feições doliniformes em uma área de ocorrência de 114.900 km² da qual a maior parte destas formações encontra-se nos municípios de Cocalinho – MT, Luciara – MT, Ribeirão Cascalheira –MT, Lagoa da Confusão – TO e Pium – TO, tendo sua origem possivelmente associada dissolução de uma camada de calcário subjacente à camada sedimentar do bananal, devido à suas formas predominantemente circulares e alinhamentos predominantes nos sentido NE, indicando um possível controle estrutural sobre estas feições. A análise da função geoambiental obtido pelo modelo de suscetibilidade demostrou que as regiões ecotonais de alta densidade de feições localizam-se em áreas altamente suscetíveis devido ao aumento dos processos de denudação provenientes do desmatamento e elevada captação hídrica da região.