Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Camila Natália Ramos de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18132/tde-05092014-084916/
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Resumo: |
Este trabalho teve como objetivo avaliar as restrições e potencialidades ao uso turístico de parte da área do Parque Nacional Serra da Canastra (MG), na escala 1:50.000. Analisou-se a evolução temporal do uso e ocupação do solo e os impactos negativos ocasionados ao meio físico pela localização inadequada das vias de acesso. Por meio de técnicas de sensoriamento remoto, geoprocessamento e trabalhos de campo foram mapeadas as vias de acesso, delimitadas bacias hidrográficas com ordens hierárquicas iguais ou superiores a dois, realizadas análises de densidade de vias de acesso e canais de drenagem e elaborados produtos cartográficos básicos (modelo digital de elevação hidrologicamente consistente, carta de declividade, carta de distância vertical da drenagem mais próxima e mapas de uso e ocupação do solo de 1964/1967, 1989 e 2009). Estes resultados foram combinados a trabalhos de outros autores para elaboração dos seguintes documentos interpretativos: carta de restrição à implantação de vias, carta de predisposição a movimentos de massa, carta de suscetibilidade à inundação de planícies, carta de suscetibilidade à ocorrência de incêndios e carta de trafegabilidade. Com base nestes documentos interpretativos, foram obtidos os níveis de suscetibilidades e restrições das bacias hidrográficas mapeadas. A partir de critérios de classificação, foram adotadas cinco classes de adequabilidade ao uso turístico. De modo geral, as bacias hidrográficas mostraram-se bastante restritivas a este uso, 81% foram classificadas como semi-adequadas ou inadequadas e apenas 19% como adequadas. Não foram identificadas bacias que se enquadravam como totalmente adequadas ou totalmente inadequadas. Apesar de prevalecerem condições de restrição ao uso turístico da área de estudo, estas não necessariamente inviabilizam a sua utilização para o turismo. A partir dos documentos interpretativos, que apresentam suscetibilidades e restrições, o uso turístico da área pode ser melhor planejado, de maneira a reduzir impactos e riscos. Em relação à evolução temporal do uso e ocupação do solo na área de estudo, o mapeamento mostrou que não ocorreram grandes mudanças ao longo dos períodos analisados, contudo houve uma pequena melhora na preservação das formações florestais. As vias de acesso também não apresentaram um aumento significativo no período compreendido entre 1989 e 2009. Quanto aos impactos negativos causados ao meio físico, as rodovias de tráfego periódico mostraram-se mais preocupantes quanto ao desenvolvimento de processos erosivos que os caminhos/trilhas, devido a sua localização sobre materiais inconsolidados mais suscetíveis à erosão. No entanto, os caminhos/trilhas podem ser deflagradores de outros impactos pela concentração do escoamento superficial, como assoreamento dos corpos dágua, aumento da turbidez e vazão dos rios. |