Envelhecimento e desenvolvimento em assentamento rural do extremo sul paraense: o caso do assentamento Agropecus I.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Parrilha, Vinicius Alves
Orientador(a): Monteiro, Lilyan Rosmery Luizaga de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Araguaína
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós - Graduação em Demandas Populares e Dinâmicas Regionais, Universidade Federal do Tocantins
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/5535
Resumo: A qualidade de vida se relaciona com o bem-estar econômico, o acesso à saúde, à educação e às condições de saneamento básico, estabelecendo-se quando os determinantes do bem-estar físico, mental, emocional e social estão sob efetivo controle. Diante disso, propomo-nos, neste trabalho, a analisar em que medida a produção do espaço rural do Assentamento Agropecus I, localizado no município de Santa Maria das Barreiras, no extremo sul paraense, influencia na qualidade de vida dos idosos. Para tanto, orientamo-nos, sobretudo, pela contribuições teóricas de autores como Robert Castel (1997, 2015), Milton Santos (1978, 2002, 2008) e Amartya Sen (2010), assim como recorremos a conceitos, encaminhamentos e dados de instituições nacionais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, e internacionais, como a Organização Pan-Americana da Saúde e a Organização Mundial da Saúde. A pesquisa tem abordagem quanti-qualitativa, de cunho exploratório. Foram aplicados questionários a 80 idosos entre os 100 que residem no assentamento e dos quais apenas um foi selecionado para conceder entrevista. Nos resultados, os levantamentos socioeconômicos e educacionais dos 80 idosos respondentes mostram que 43 são do sexo masculino e 37 do sexo feminino, 66,3% têm companheiro/a, o que pode ter influência na qualidade de vida deles. Quanto ao número de filhos, somente 2,50% dos respondentes não possuem filhos e 97,5% têm entre 1 a 10 filhos. Em relação à vida profissional, 93,80% trabalham em lavoura. Já 77% dos idosos recebem 01 salário mínimo, sendo que muitas vezes eles contribuem nas despesas do grupo familiar. A prevalência do nível de escolaridade dos idosos se concentra no ensino fundamental (60%), enquanto o grau de analfabetismo entre os idosos respondentes chega a 31,3%. Sobre os aspectos de saúde e dos hábitos de vida dos respondentes, 71,30% se consideram saudáveis, mesmo quando 64,80% deles realizam o uso de medicações por causa de alguma doença-base. Somente 2.2% dos idosos possuem plano de saúde privado, e a maior parte deles dependem dos serviços públicos do Sistema Único de Saúde (SUS). Pelos resultados obtidos, podemos afirmar que existe a necessidade de melhorar o modelo biopsicossocial na saúde pública, pertinente a idosos, salientando a necessidade de considerar as particularidades dessa população fragilizada diante do processo de envelhecimento.