Entre - lugares do nome social e do uso autorreferido dos banheiros: um itinerário de assujeitamentos e resistências na Universidade Federal do Tocantins
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/2947 |
Resumo: | A despeito de uma ordem normativa desfavorável à vida das pessoas trans, o nome social e o uso autorreferido dos banheiros aparecem como indicadores mais evidentes da formalização dessa população no âmbito universitário. Considerando que o ingresso nas instituições universitárias não é experiência comum às/aos travestis e transexuais brasileiras/os, a presente dissertação objetivou analisar o processo de construção e implementação desses dispositivos no âmbito da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Nesse aspecto, a pesquisa documental empreendeu uma análise preliminar dos modos como o acesso e permanência das pessoas trans na educação aparecem nas regulações estaduais do Tocantins e a descrição do processo de construção do direito ao nome social e do uso autorreferido dos banheiros na UFT. O percurso metodológico adotado partiu da investigação das funções das práticas educativas e dos rebatimentos das tendências contemporâneas do capitalismo dependente na política de educação. Com base na análise documental das mídias sociais regionais durante o período de implementação do nome social, à luz das categorias do método dialético crítico e do feminismo intersecional, recuperamos a trajetória das legislações sociais do estado, protagonizada pelo movimento LGBT Tocantinense. Associados ao recurso da memória, os registros fundamentaram a construção de uma linha do tempo do nome social e da conquista dos direitos no âmbito da UFT, destacando os momentos de visibilidade, inflexão, regressão e resistência. A pesquisa indicou que as ações específicas do acesso e permanência das pessoas trans circunscritas estão sintonizadas com a mobilização dos coletivos universitários e dos grupos de estudos que provocaram a gestão universitária no reconhecimento dos direitos fundamentais. Essas questões relacionam-se à adequação do ambiente educacional à promoção do respeito à diversidade sexual e à expressão/identidade de gênero, condição indispensável para garantir a formação às pessoas em condições precárias da vida social, alijadas dos direitos fundamentais e expostas à margem do convívio social. |