Nova direita e educação superior no brasil: incidências, desafios e resistências contemporâneas
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Brasília
Brasília |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós- Graduação em Política Social (PPGPS)
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/6842 |
Resumo: | O presente estudo trata sobre os desafios impostos pela ideologia da nova direita para a política de educação superior brasileira a partir do período pós-golpe de 2016, em particular, nos governos de Michel Temer (2016-2018) e de Jair Bolsonaro (2019-2022). Partiu-se da apreensão dos vínculos entre ideologia e educação e do entendimento da nova direita como o amálgama entre neoliberalismo e neoconservadorismo como base para identificar os desafios e as incidências sobre a educação superior na dinâmica do capitalismo dependente brasileiro. Orientado por uma perspectiva materialista histórico-dialética, a tese teve como objetivos específicos: situar a política de educação superior no contexto de transformações contemporâneas do capital e nas particularidades da formação econômico-social brasileira; problematizar como o avanço da nova direita incide na política de educação superior na realidade brasileira; e apontar as resistências coletivas de enfrentamento ao projeto neodireitista na educação e universidade públicas. Para isso, a pesquisa de natureza qualitativa se debruçou sobre pesquisa bibliográfica e documental, sendo que para a primeira foram selecionados artigos científicos publicados no período 2016-2023 e na pesquisa documental foram analisados documentos institucionais, organizacionais, oficiais e documentos produzidos por sindicatos. A partir disso, constatou-se a existência de uma ofensiva do projeto neodireitista sobre a educação superior na qual as universidades públicas estiveram na “mira” da chamada “guerra cultural” empreendida pelos governos Temer e Bolsonaro, de forma mais explícita nesse último. O referido projeto teve três principais eixos de ação: o aprofundamento do privatismo educacional, no qual o Projeto Future-se é a principal iniciativa; o controle ideológico e intervencionismo nas universidades e institutos federais; e o ajuste fiscal e desfinanciamento da educação superior. Porém, ainda com os vários desafios, não se eliminou as resistências e lutas de sujeitos coletivos que têm como bandeiras de lutas a defesa da educação e universidades públicas com função social, presenciais, gratuitas e com financiamento estatal. |