Propilenoglicol na produção de gases e degradabilidade de dietas para ruminantes

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Feitosa, Tays Raniellen Miranda
• Orientador(a): Sousa, Luciano Fernandes
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins; Araguaína
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical - PPGCat
• País: BR
• Palavras-chave em Português: Nutrição de ruminantes; Aditivo energético; Bovinos; Degradabilidade
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::OUTROS
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/1998

Objetivou-se com o presente trabalho estudar os efeitos da adição de níveis crescentes de propilenoglicol na fermentação ruminal de dietas com diferentes proporções de volumoso: concentrado, por meio da técnica in vitro semi-automática de produção de gases e a degradabilidade in situ de dietas para bovinos recebendo água com infusão ou não de propilenoglicol (PGLIC). Foram utilizados 4 bovinos fistulados no rúmen sendo dois para obtenção do inóculo no ensaio in vitro e dois para incubação do ensaio in situ. As dietas experimentais utilizadas continham silagem de capim Mombaça e um concentrado comercial. Na fermentação in vitro foram utilizadas 3 proporções, sendo 100:0, 50:50 e 0:100 de volumoso: concentrado e 4 concentrações de PGLIC: 0, 2, 4 e 6%, que foram incubados com 10 mL de inóculo ruminal e 90 mL de meio de cultura em frascos de vidro a 39 °C. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados (DBC) com arranjo fatorial 3 x 4, perfazendo 12 tratamentos com 3 blocos (animais doadores). As medidas de pressão e volume de gases foram tomadas nos tempos 2, 4, 6, 8, 10, 12, 15, 19, 24, 30, 36, 48, 72 e 96 horas. Houve diminuição da produção de gases, degradação da matéria seca e matéria orgânica a medida em que se elevou a porcentagem de PGLIC (P<0,05). Os parâmetros de France tiveram maior efeito das dietas em comparação aos efeitos dos níveis de PGLIC em todas as variáveis. As dietas exercem maior efeito sobre os parâmetros de degradação in vitro em relação ao PGLIC. O PGLIC reduz as taxas de degradação ruminal das dietas. A adição de até 4% de PGLIC é a mais indicada nesse estudo, pois não reduz severamente a degradabilidade das dietas. No experimento in situ, os animais consumiram água com PGLIC nas concentrações 0,0 e 4,0%, conforme o indicado no ensaio de produção de gases. Três relações de volumoso: concentrado foram utilizadas: 100:0, 75:25 e 50:50. O delineamento experimental foi o Cross-over, sendo três dietas e dois níveis de PGLIC: 0,0 e 4,0%, perfazendo 6 tratamentos com dois animais e dois períodos. Os tempos de incubação utilizados foram: 0, 6, 12, 24 e 96 horas. Os parâmetros de degradabilidade foram obtidos pelo procedimento de regressão não linear proposto por Gauss-Newton. A média de degradação da MS dos tratamentos sem PGLIC foi maior que a dos tratamentos com PGLIC (P<0,05). As frações A e B apresentaram maiores valores para a dieta 100% volumosa quando tratada com PGLIC, e menores para as dietas com relações 75:25 e 50:50 de volumoso: concentrado. O PGLIC melhorou a degradabilidade da proteína bruta (PB) da dieta fibrosa. Maior degradabilidade da fibra em detergente ácido (FDA) foi alcançada no tratamento 50:50 com 4% de PGLIC. De forma geral o PGLIC na água melhora a degradabilidade in situ da MS, fibra e PB das dietas. Os parâmetros de Ørskov são melhores ajustados aos dados da dieta com relação 50:50 de volumoso: concentrado e quando tratada com PGLIC.