Confinamento e Semiconfinamento de Novilhas Alimentadas com Dietas Contendo Milho Inteiro ou Moído.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Parente, Ricciere Rodrigues Pereira
Orientador(a): Miotto , Fabrícia Rocha Chaves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Araguaína
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical - PPGCat
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/6053
Resumo: Objetivou-se avaliar o grão do milho inteiro ou moído e dois sistemas de terminação (semiconfinamento ou confinamento) na época seca, sobre o consumo, desempenho, lucratividade e características da carcaça e da carne de novilhas Nelore. Utilizou-se delineamento experimental inteiramente casualizado em arranjo fatorial 2 x 2, (duas forma de processamento dos grãos e dois sistemas de terminação) com nove repetições por tratamento. Utilizou-se 36 novilhas, com idade média de 17 meses e peso inicial de 258,66 kg ± 22,93. O período experimental foi 119 dias no período seco do ano. Os concentrados foram formulados com milho inteiro ou moído e um núcleo comercial (pellet) (Engordim ®) em uma relação grão:pellet de 850:150 g/kg na matéria seca (MS). Não houve diferença de consumo de concentrado entre os sistemas de terminação (3,84 kgMS/dia). O milho moído aumentou (P<0,05) o consumo de concentrado e, por consequência, o consumo de nutrientes. O consumo de silagem no confinamento não foi alterado em função do processamento do milho (2,38 kgMS/dia). Apesar da diferença no consumo de concentrado, não houve diferença (P>0,05) no consumo de matéria seca total no confinamento (6,23 kgMS/dia). O maior consumo de concentrado com milho moído (3,94 contra 3,74 kgMS/dia) no refletiu em maior (P<0,05) ganho médio diário (0,815 contra 0,695 kg/dia), já os sistemas de terminação promoveram desempenhos semelhantes, não diferindo (P>0,05) quanto ao ganho de peso total e ganho total de carcaça (89,97 kg; 47,97 kg). O custo diário com concentrado foi semelhante entre os sistemas, a diferença ocorreu entre milho inteiro e moído, com maior custo para milho moído. A terminação em confinamento apresentou maior custo do volumoso, e por consequência maior (p<0,05) custo total com alimentação (578,77 contra 513,36 R$). Não houve diferença na receita líquida e rentabilidade entre usar milho inteiro ou moído no pasto (p>0,05), no entanto, no confinamento o milho moído reduziu a receita líquida e rentabilidade (p<0,05) pelo desempenho semelhante no pasto, porém, com maior custo da alimentação. O sistema de terminação não influenciou as características da carcaça e da carne (P>0,05). Animais alimentados com milho moído apresentaram maior (P<0,05) peso de abate, peso de carcaça quente (187,98 contra 176,04 kg) e recorte de gordura. Os fatores testados não alteraram os rendimentos de carcaça quente e fria (52,24 %; 50,56 %), quebra ao resfriamento e espessura de gordura subcutânea (4,18 mm) (P>0,05). O fornecimento de milho moído aumentou (P<0,05) o peso dos cortes primários, mas não alterou as proporções e promoveu aumento (P<0,05) na porcentagem de gordura da carcaça (27,32 contra 23,19%) e na relação porção comestível/osso. Embora o processamento do milho encareça o concentrado, promove maior desempenho e melhora as características da carcaça, no entanto, no confinamento foi inviável fornecer milho moído. Por não alterar as características da carcaça e da carne o sistema de terminação a pasto pode ser usado para produzir carcaças de boa qualidade.