Terminação de novilhas em semiconfinamento com grão de milho ou sorgo, inteiro ou moído .
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Araguaína |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical - PPGCat
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/5991 |
Resumo: | Com este trabalho objetivou-se avaliar as formas de processamento do milho e sorgo (inteiro ou moído) na suplementação em pastagem de capim mombaça (Panicum maximum) sobre o desempenho produtivo, perfil bioquímico sanguíneo e, características da carcaça e da carne de novilhas cruzadas, Angus x Nelore, terminadas em sistema de semiconfinamento na época seca do ano. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado em arranjo fatorial 2 x 2, (dois tipo de grão e duas formas de processamento dos grãos) com três repetições (cada repetição representada por um piquete com três novilhas) para as variáveis de desempenho e, nove repetições (cada repetição representada por uma novilha) para as característica da carcaça e da carne e, variáveis sanguíneas. Os concentrados foram formulados com milho ou sorgo, inteiro ou moído e um núcleo protéico-mineral-vitamínico (pellet) (Engordim®) em uma relação grão:pellet de 850:150 g/kg na matéria seca (MS). Foram utilizadas 36 novilhas, com idade média inicial de 13 meses e peso inicial de 277 kg. Os animais foram alimentados durante 77 dias, sendo 14 dias para adaptação e, mais três períodos de 21 dias para coleta de dados. Ao início do período experimental foi fornecido 220 g/kg de concentrado em relação ao peso vivo dos animais, e ajustado de acordo com as sobras. Os animais foram mantidos em piquetes, com disponibilidade média de 5.586 kg de MS/ha no momento da entrada no piquete. Com exceção do escore de condição corporal e luminosidade (L*), não houve interação (P>0,05) do tipo de grão e processamento para as variáveis, consumo, parâmetros sanguíneos e, características da carcaça e da carne. Maior consumo de nutrientes (P<0,05) foi observado para os animais que receberam sorgo no concentrado, com exceção do extrato etéreo (EE), que foi maior (P=0,001) para o milho. Em relação à forma de processamento, animais alimentados com grão na forma inteira tiveram maior consumo (P<0,05) de MS, FDN, CNF e, EE em g/kgPC, porém, essa diferença não promoveu melhor desempenho, com maior ganho médio diário (GMD) (P=0,004), eficiência alimentar (EA) (P=0,022), peso de carcaça quente (PCQ) (P=0,029) e rendimento de carcaça quente (RCQ) (0,010) para os animais que consumiram o grão na forma moída (1,70 contra 1,22 kg/dia), (0,23 contra 0,16 kg/kg), (198,17 contra 180,47 kg) e (52,03 contra 50,57 kg/100kgPC), respectivamente. O processamento do grão proporcionou maior produção por área (P=0,041), com média de 1488,8 kg/há. O 9 escore de musculosidade (EM) e de condição corporal final (ECCf), seguiu o mesmo comportamento do GMD. Não houve influencia dos tratamentos sobre os parâmetros sanguíneos (P>0,05) apesar dos níveis de glicose e fosfatase alcalina estarem acima dos valores considerados normais para espécie bovina. As variáveis quantitativas da carcaça diferiram (P<0,05) em função do processamento dos grãos, sendo observado maior valor para os animais que consumiram concentrado com grão moído, exceto para espessura de gordura subcutânea (EGS) que se mostrou maior (P=0,048) na carcaça dos animais que consumiram grão inteiro. Não houve influência do tipo de grão e processamento (P>0,05) sobre o peso relativo a 100 kg de carcaça fria (CF) para os cortes primários. Os tratamentos não alteraram (P>0,05) as características que expressam desenvolvimento ósseo. Para a composição da carcaça houve influência do tipo de grão (P<0,05) no percentual de osso da carcaça dos animais que consumiram o grão inteiro, refletindo menor relação da porção comestível:osso (PC/O) e músculo:osso (M/O), independentemente da forma de processamento do grão. A luminosidade (L*) e cor avaliada de forma objetiva apresentaram interação significativa (P<0,05), porém as demais características avaliadas na carne não foram afetadas pelos tratamentos. Quando se utiliza concentrados com alta participação de grãos, o milho promove maior desempenho em relação ao sorgo. No entanto, para as características da carne e da carcaça o sorgo pode ser utilizado, pois não há alteração de suas características (P>0,05), exceto para EGS que foi maior quando se utilizou milho no concentrado. Os grãos devem ser fornecidos moídos por proporcionar melhor eficiência alimentar, desempenho e, características da carcaça e da carne. |