Efeitos da estimulação colinérgica com brometo de priridostigmina na cardiopatia chagásica crônica em camundongos
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Medicina Brasil UFTM Curso de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/463 |
Resumo: | Embora a patogênese da doença de Chagas seja altamente complexa e não seja completamente compreendida, é amplamente aceito que um equilíbrio entre a invasão do parasita e a resposta imune-inflamatória do hospedeiro desempenha um papel importante no desenvolvimento e evolução da doença. Nos últimos anos vários trabalhos na literatura vem destacando a marcada influência do sistema nervoso autonômico sobre o sistema imunológico em vários modelos experimentais de doenças com caráter inflamatório, sejam elas infecciosas ou auto-imunes, entre outras. Este trabalho teve como objeto de investigação avaliar os efeitos de modificações na neuroimunomodulação autonômica parassimpática, empregando o agente anti-colinesterásico brometo de piridostigmina, sobre a cardiopatia chagásica crônica experimental em camundongos. Para tal, camundongos C57BL/6j controles (Con) não tratados (NT), ou tratados com brometo de piridostigmina (Pirido) e camundongos C57BL/6j inoculados com formas tripomastigotas da cepa Romildo, respectivamente, de T. Cruzi (Chg) não tratados (NT), ou tratados com brometo de piridostigmina (Pirido) foram empregados. Todos os animais foram acompanhados por 6 meses e ao final submetidos à avaliação da presença de parasita sanguíneo e tecidual, eletrocardiograma (ECG) convencional sob anestesia, estudo da função autonômica cardíaca por meio de análise de variabilidade da frequência cardíaca e bloqueio autonômico farmacológico com atropina e propranolol, histopatologia do coração e quantificação de citocinas: fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α), interferon gama (IFNγ), Interleucina 5(IL-5) e IL-10. Ao final do período de observação foi verificada uma significativa alteração do perfil eletrocardiográfico, autonômico e histopatológico, sugestivo de uma resposta inflamatória com desvio da resposta imune para o perfil Th1 nos animais do grupo Chg-NT em relação aos outros grupos estudados. Observouse que o tratamento crônico com o anticolinesterásico brometo de pirisdostigmina, nos animais Chg-Pirido, provocou uma redução significativa da resposta imune-inflamatório e fibrose no miocárdio, sem alterações do parasitismo sanguíneo e tissular, sugerindo uma redução da resposta imune perfil Th1 sem alteração do perfil Th2. Tal redução do perfil de resposta Th1 pode ser confirmada em parte pela diminuição nos níveis séricos de IFNγ e tendência a diminuição do TNF-α, sem alteração nos níveis de IL-10 nos animais Chg-Pirido, quando comparados aos Chg-NT. Concluindo, diante da análise em conjunto dos resultados apresentados, nossos achados confirmam a influência do papel neuroimuno-modulatório marcante do sistema nervoso autônomo parassimpático na evolução da resposta imune-inflamatória ao T. cruzi, durante a cardiopatia chagásica crônica experimental em camundongos. |