Efeito do treinamento resistido unilateral sobre o controle neural do coração e bioquímica do sangue de pacientes em fase crônica de acidente vascular encefálico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rodrigues, Pedro Henrique [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204139
Resumo: Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) é uma disfunção neurológica com ocorrência repentina ou rápida de sinais e sintomas clínicos, gerando variadas sequelas que incluem alterações no campo sensorial, cognitivo, motor e disfunção no sistema nervoso autonômico (SNA), porém o nível de comprometimento do controle simpático e parassimpático do coração não está totalmente esclarecido na literatura. O treinamento resistido (TR) tem sido proposto como terapia não-farmacológica, cujos efeitos podem influenciar sobre a força muscular e melhorar o controle do SNA sobre as variáveis cardiocirculatórias. Objetivo: Investigar os efeitos do treinamento físico resistido unilateral do hemicorpo parético sobre índices não-lineares da variabilidade da frequência cardíaca em pacientes em fase crônica de acidente vascular encefálico isquêmico. Metodologia: Foram estudados 27 homens, com idade de 59,8±5,4 anos, os quais compuseram três grupos: dois grupos de indivíduos acometidos por AVE isquêmico há pelo menos seis meses e com hemiparesia, sendo um grupo experimental (GE , N=9) e outro controle (GC, N=9). O terceiro grupo foi composto por indivíduos saudáveis (GS, N= 9). Para o GE e GC, foram triados pacientes do serviço de neurologia da Clínica de Fisioterapia do Centro de Estudos em Saúde (CEES), do Estágio Supervisionado de Distúrbios da Linguagem, Fala e Deglutição em Lesados Encefálicos da Universidade Estadual Paulista de Marília, São Paulo, Brasil. O GS foi triado através de chamada pública. Foram feitas as medidas antropométricas e registro dos batimentos cardíacos com um cardiofrequêncimetro (Polar RS800), por 10 minutos, na posição supina, durante respiração espontânea e analisados os índices não lineares da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). O GE foi submetido a 13 semanas de treinamento com exercícios resistidos, sendo que 11 dessas foram compostas de três sessões semanais de exercício e duas semanas utilizadas para testagem de 1RM (duas sessões por semana de testagem) com objetivo de ajuste das cargas de treinamento. Resultados: Não foram observadas diferenças estatísticas dos índices da VFC entre os grupos, tanto no momento pré quanto no pós-intervenção. Foram observadas diferenças estatísticas (p=0,039) apenas para o índice 1V% na análise de interação grupo versus tempo para o GS (pré =49,2±4,5% e pós= 43,7±8%), com η2 apontando tamanho de efeito médio (0,237). Quanto a avaliação qualitativa por gráficos de recorrência, uma apresentação com mais padrões geométricos pode ser observada no GE e GC, comparado ao GS. Conclusão: Homens com mais de seis meses de AVE isquêmico apresentam modulação autonômica cardíaca similar a indivíduos saudáveis e o controle neural cardíaco não é alterado após 13 semanas de treinamento resistido com o hemicorpo parético.