Avaliação cardiovascular, muscular e da mobilidade funcional de adolescentes com síndrome de Down atendidos na Equoterapia e Fisioterapia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: BEVILACQUA JUNIOR, Domingos Emanuel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/653
Resumo: Introdução: As doenças cardiovasculares são as maiores causadoras de mortalidade na população mundial e os indivíduos com Síndrome de Down possuem um risco notoriamente maior de desenvolvimento dessas doenças. Alguns dos fatores que contribuem para eventos cardiovasculares são pressão arterial elevada, sedentarismo, baixa resposta adaptativa de frequência cardíaca e pressão arterial durante atividades físicas. A hipotonia muscular, característica da Síndrome de Down compromete a mobilidade funcional, a força muscular e consequentemente a atividade elétrica muscular. Objetivos: Avaliar os efeitos da Equoterapia e da Fisioterapia sobre os valores dos parâmetros cardiovasculares, musculares e da mobilidade funcional de adolescentes com Síndrome de Down. Materiais e Métodos: O estudo incluiu 14 sujeitos com Síndrome de Down divididos em dois grupos: nove (seis masculinos e três femininos) no grupo Equoterapia e cinco (três masculinos e dois femininos) no grupo Fisioterapia, idade média 13,2 (±2,2) e 14,2 (±3,1) anos, respectivamente. Foram realizados 30 atendimentos de cada modalidade terapêutica, com duração de 30 minutos cada, uma vez por semana. A pressão arterial, frequência cardíaca e saturação periférica de oxigênio foram coletadas antes, durante e depois das intervenções (repouso inicial 1 e 10 min, durante 1, 15 e 30 min de atividade, e no repouso final 1 e 10 min). As coletas eletromiográficas de superfície dos membros inferiores, os testes Timed up and Go (TUG) e 30 Seconds Chair Stand Test (30 CST) foram realizados antes e após os 30 atendimentos. Resultados: A análise da pressão arterial sistólica apresentou diferenças significantes (p<0,001) no 30º atendimento no grupo Fisioterapia. Na frequência cardíaca de ambos os grupos houve diferenças significantes nos momentos 1, 15 e 30 minutos das atividades comparados com os repousos iniciais e finais, no entanto, o grupo Equoterapia apresentou valores mais baixos comparado ao grupo Fisioterapia. Nas análises eletromiográficas no domínio do tempo, não foram observados resultados significativos ao comparar pré e pós intervenção nos dois grupos. No entanto, no domínio da frequência os resultados foram significativos nos músculos vasto lateral direito (p=0,049) e bíceps femoral direito (p=0,005) no grupo Equoterapia e na musculatura reto femoral direito (p=0,050), vasto lateral direito (p=0,035), vasto, bíceps femoral direito (p=0,017) e vasto medial esquerdo(p=0,006) na Fisioterapia. No teste 30 CST, não foram observados resultados significativos nas comparações entre pré e pós intervenções em ambos os grupos. No teste TUG observou diferenças estatisticamente significantes (p=0,006) no grupo Equoterapia, comparando-se o pré e pós intervenção (1º e 30º atendimentos). Conclusão: A Equoterapia não alterou significativamente o comportamento da pressão arterial após os atendimentos, assim como a frequência cardíaca e a saturação de oxigênio. Entretanto, proporcionou melhora na mobilidade funcional e menor risco de fadiga quando comparada à Fisioterapia. A Fisioterapia promoveu uma redução nos valores da pressão arterial sistólica após um período de intervenção e maior risco de fadiga. No entanto, ambas as intervenções são práticas seguras para os parâmetros cardiovasculares de adolescentes com síndrome de Down.