Comportamento sedentário em universitários: estimativas de acurácia, prevalências e fatores associados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: FRANCO, Dayana Chaves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Educação Física
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/840
Resumo: O elevado tempo dispendido em comportamento sedentário (CS) pode promover efeitos deletérios à saúde da população, pois é um fator de risco para as doenças e agravos não transmissíveis e mortalidade por todas as causas. O objetivo deste estudo foi analisar o CS em universitários. Esta dissertação é composta por quatro artigos, sendo o 1º artigo o estudo de revisão sistemática, que abordou a prevalência de CS e outras características metodológicas dos artigos publicados sobre essa temática em universitários. O segundo artigo, estimou o nível de reprodutibilidade e a validade concorrente do tempo sentado, mensurado pelo questionário International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), em universitários. O terceiro, estimou o ponto de corte do tempo sentado, que melhor discriminou a ausência de fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis, identificados por meio das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC). E o último teve como objetivo estimar as prevalências e os fatores associados ao CS, mediante o emprego das Razões de Prevalências (RP) como medida de associação, por intermédio da regressão de Poisson com Intervalo de Confiança a 95%. O nível de significância adotado foi de 5%. Em relação ao 1º artigo foram observadas prevalências para o tempo sentado de 34,0% a 90,2%. O uso de definições operacionais e pontos de corte foram diversificados, além do uso de variados instrumentos para estimar o CS, sendo parte deles não validados, além da falta de padronização entre os pontos de corte para determinação do risco pelo elevado tempo de CS. Dentre os fatores associados ao CS com maiores prevalências, destacaram-se o excesso de peso e os sintomas depressivos. No 2º artigo, na comparação entre o tempo sentado mensurado pelo IPAQ e o acelerômetro, houve correlação baixa para o tempo durante a semana e baixa a moderada para o tempo referente ao final de semana, com valores de concordância dentro dos limites aceitáveis. No terceiro artigo, o tempo sentado discriminou a ausência de obesidade em estudantes do sexo masculino, de 20 anos e que consumiam hortaliças até 4 dias por semana. O melhor ponto de corte (6 horas) foi estimado para a ausência da pressão arterial elevada referida. E por fim, no quarto artigo, foi encontrada elevada prevalência de tempo sentado (75,9%) e as mulheres (RP=1,09; IC95%=1,01-1,17), universitários insuficientemente ativos (RP=1,11; IC95%=1,03-1,19) e que relataram autoavaliação de estresse na vida como negativa (RP=1,18; IC95%=1,05-1,32), apresentaram maiores prevalências de tempo sentado, enquanto o aumento da idade foi associado com menores prevalências de elevado tempo sentado. Conclui-se que entre os estudos de CS em universitários, não existe uma padronização, sendo utilizados pontos de corte e definições diversas. O IPAQ pode ser utilizado para a mensuração do CS nos universitários de forma confiável. O ponto de corte que melhor discriminou a ausência de pressão arterial elevada foi o de 6 horas, também foi encontrada alta prevalecia de CS entre os estudantes e os grupos mais expostos foram as mulheres, os insuficientemente ativos e com autoavaliação de estresse negativa.