Fatores associados ao elevado tempo em comportamento sedentário em universitários de enfermagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ferreira, Flávia Silva lattes
Orientador(a): Mussi, Fernanda Carneiro lattes
Banca de defesa: Mussi, Fernanda Carneiro lattes, Sousa, Thiago Ferreira de lattes, Teixeira, Jules Ramon Brito lattes, Gibaut, Mariana de Almeida Moraes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Departamento: Escola de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38137
Resumo: O comportamento sedentário (CS) tem sido associado a doenças crônicas e à mortalidade por todas as causas mesmo em pessoas suficientemente ativas. Os universitários são referidos como grupo exposto ao CS, mas pouco se conhece sobre esse comportamento em acadêmicos de enfermagem. O objetivo da pesquisa foi estimar o tempo que os universitários de enfermagem passam em CS em seu cotidiano e examinar a associação entre o tempo em CS e as variáveis sociodemográficas, acadêmicas e comportamentais. O estudo transversal foi realizado com 286 universitários de enfermagem de uma Universidade pública, na Bahia. Na coleta de dados, aplicou-se um questionário para caracterização das variáveis de interesse e o Questionário Internacional de Atividade Física. Adotou-se o ponto de corte ≥8h/dia para tempo elevado em CS. As variáveis foram analisadas em frequências absolutas e relativas e a idade, também, em média e desvio-padrão. Empregou-se razões de prevalência (RP), com intervalo de confiança (IC) de 95% para analisar a associação entre as variáveis de interesse e o CS. Na análise bivariada, empregou-se também o teste Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher. As variáveis, com valor de p ≤0,20, foram inseridas no modelo de Regressão Logística Múltipla. Na modelagem, utilizou-se o procedimento backward e na escolha do melhor modelo, o critério de informação de Akaike (AIC) com menor valor. Dado ao tempo elevado em CS ser comum na amostra, para a correção dos riscos, empregou-se o método de estimação Delta, obtendo-se as estimativas de RP e respectivos IC (95%). Adotou-se significância estatística de 5%. A prevalência de tempo em CS ≥8h/dia foi de 53,5%. Na análise multivariada, universitários com idade ≥25 anos ficavam 33,0% menos tempo em CS ≥8h comparados àqueles entre 18 e 24 anos, com dedicação de ≥3 horas aos estudos extraclasse apresentaram 1,23 vezes mais tempo em CS ≥ 8h comparados aos que dispendiam <3horas e que cursavam ≥4 disciplinas no semestre atual apresentaram 1,58 vezes mais tempo em CS ≥ 8h comparados aos que cursavam ≤ 3 disciplinas. Ademais, aqueles que realizavam atividade física <150 min/semana permaneciam 1,25 vezes mais tempo em CS ≥8h do que aqueles que atendiam a recomendação de ≥150 min/semana e aqueles que usavam medicamentos para dormir apresentaram 1,46 vezes mais tempo em CS ≥ 8h em relação aos que não usavam esse tipo de fármaco. Os resultados destacam a importância da elaboração de estratégias e políticas de promoção à saúde visando o combate ao CS em universitários, sobretudo para os alunos mais jovens, com maior acúmulo de disciplinas concomitantes, maior número de horas de estudo extraclasse, nível insuficiente de atividade física e em uso de medicação para dormir.