Tendência temporal e fatores associados ao HIV/Aids em homens, Minas Gerais, 2007- 2019
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1295 |
Resumo: | A epidemia da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) e a infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) constitui-se como um problema de saúde pública, tendo como consequência o aumento de casos com o decorrer dos anos, além de implicar em desafios ao cenário científico atual, uma vez em que nota-se a importância do trabalho com os aspectos relacionados à informação, prevenção e assistência à saúde. O objetivo do presente estudo foi analisar o perfil epidemiológico e a evolução temporal da taxa de detecção por HIV/Aids e mortalidade por Aids em homens residentes no Estado de Minas Gerais, entre 2007 e 2019. Trata-se de um estudo observacional, quantitativo, retrospectivo, de base territorial, com delineamento de série temporal. A pesquisa foi desenvolvida utilizando banco de dados de notificações de HIV/Aids de homens residentes no Estado de Minas Gerais entre 2007 e 2019, que tem como fonte de informação a ficha de notificação/investigação de HIV/Aids do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). No período, foram notificados 36.415 casos de HIV/Aids em homens. Em relação à completude no preenchimento das fichas notificadas entre 2007 e 2019, tiveram classificação " excelente" , " boa" , " regular" e " ruim". Observou-se que as faixas etárias de maior prevalência foram de 20 a 29 anos, com 12.449 (34,2%) casos; 30 a 39 anos ,com 11.008 (30,2%) casos, e 40 a 49 anos, 6.947 (19,1%). Referente à evolução dos casos notificados, 31.822 (87,4%) estavam vivos no momento da notificação e 3.174 (8,7%) casos foram notificados como óbito por Aids. Na categoria de exposição, destacaram-se 14.078 (38,7%) casos decorrentes de relação homossexual, seguido da heterossexual com 11.906 (32,7%) casos. Observou-se na taxa de mortalidade variações entre 2,63 e 3,04 até o ano de 2018, atingindo 2,07 no último ano, caracterizando um perfil heterogêneo da mesma, ao passo que para a taxa de detecção de HIV/Aids, verificou-se um aumento significativo, com variações entre 11,21 e 48,97 casos/100.000 habitantes. De acordo com o modelo proposto por Prais Winsten, as tendências das taxas de mortalidade e detecção por faixas etárias apresentaram um padrão estacionário e decrescente na maioria das faixas etárias, respectivamente. Observa-se que a mortalidade apresentou comportamento crescente apenas entre os 15 e 19 anos, com o coeficiente de variação anual de (0,036). Contudo, a detecção mostrou-se crescente em todas as faixas etárias, exceto nos 80 anos e mais (0,175), com coeficiente de variação anual de caráter estacionário. A literatura aponta que o modelo de Prais Winsten mostra-se eficaz no que tange as análises de tendências ao longo de um determinado período, contudo, os modelos polinomiais de regressão são de melhor escolha quando deseja-se realizar a previsão de valores futuros ou passados considerando-se o melhor ajuste dos pontos da série. O estudo permitiu realizar uma ampla observação acerca do perfil estudado, especialmente no que se refere à análise de tendência temporal, bem como a necessidade de melhoria no preenchimento das fichas de notificação para que campos ignorados e/ou em branco apresentem-se em menor frequência, contribuindo assim para a melhoria na qualidade da informação gerada. |