Estudo longitudinal dos determinantes, desfechos e transição dos estados e componentes do fenótipo de fragilidade entre idosos da comunidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: PEGORARI, Maycon Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/639
Resumo: Este estudo teve por objetivo analisar os determinantes, desfechos e transição dos estados e componentes do fenótipo de fragilidade (FF) entre idosos da comunidade acompanhados por 24 meses. Estudo longitudinal caracterizado por uma coorte com duas ondas, uma na linha de base (2014 - n=510) e outra após 24 meses (2016 - n=353) conduzido com idosos na área urbana de Uberaba-MG. Foram utilizados instrumento estruturado referente aos dados socioeconômicos e indicadores de saúde; Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Escalas de Katz e Lawton e Brody; Short Physical Performance Battery (SPPB), Falls Efficacy ScaleInternacional (FES-I) Brasil e FF. Procedeu-se à análise estatística descritiva e inferencial com os testes qui-quadrado, McNemar, t-student, t-pareado e ANOVA one-way e modelos de regressão logística binária, multinomial e de Cox multivariada (p<0,05); e análises de sobrevivência pelo método Kaplan-Meier por meio do programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 21.0. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética, pareceres nº 493.211 e nº 573.833. Houve aumento da fragilidade (13%) e diminuição de idosos não frágeis (30,9%) durante o seguimento, embora com ausência de diferenças significativas. Com exceção do baixo nível de atividade física, os demais componentes do FF apresentaram diminuição, apesar dos valores percentuais permaneceram próximos na comparação. Dentre os idosos frágeis, 34% permaneceram nesta condição, enquanto que 30% retornaram à pré-fragilidade. Idosos pré-frágeis mantiveram-se neste estado (55,9%), 24,2% transitaram para a categoria de não frágeis e 12% tornaram-se frágeis. A maioria dos não frágeis tornaram-se pré-frágeis (51,9%) e nenhum indivíduo transitou para a fragilidade. O maior percentual de idosos que foram a óbito eram frágeis (32%), seguido pelos pré-frágeis (7,1%) e não frágeis (4,7%). A faixa etária 80 anos e mais configurou preditor para as condições de pré- fragilidade e fragilidade; enquanto que a dependência para as atividades básicas de vida diária (ABVD) e o baixo desempenho físico de membros inferiores (MMII) para a fragilidade. O aumento em uma unidade do escore das atividades avançadas de7 vida diária diminuiu em 15% a ocorrência da fragilidade. Consolidaram-se como fatores preditores associados aos componentes do FF: autorrelato de exaustão e/ou fadiga (ausência de renda e o desempenho físico de MMII muito ruim e baixo), diminuição da força muscular (dependência para ABVD e o desempenho físico baixo de MMII), lentidão na velocidade de marcha (desempenho físico de MMII muito ruim e baixo) e baixo nível de atividade física (faixa etária de 75 anos e mais e a dependência para as atividades instrumentais de vida diária). As condições de fragilidade e pré-fragilidade constituíram risco de quedas, enquanto que a fragilidade para o óbito. Os componentes do FF representaram preditores para quedas (exceto autorrelato de exaustão e/ou fadiga e diminuição da força muscular) e para mortalidade (exceto perda de peso não intencional e diminuição da força muscular); e o baixo nível de atividade física para a hospitalização. Os resultados desta investigação forneceram informações da ocorrência de transição entre os estados de fragilidade, de fatores determinantes e da capacidade preditora desta síndrome e componentes para desfechos adversos de saúde entre idosos no período de dois anos.