Aptidão cardiorrespiratória, adesão ao baixo consumo de sódio e qualidade de vida de pacientes com insuficiência cardíaca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: ALMEIDA NETO, Omar Pereira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/477
Resumo: A Insuficiência Cardíaca (IC) impacta negativamente à qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) e pode estar relacionado à constructos como consumo de sódio e aptidão cardiorrespiratória (ACR). Este estudo buscou avaliar o impacto da ACR e da adesão ao baixo consumo de sódio sobre a QVRS específica de pacientes com IC, assim como caracterizar o perfil clínico, eletrocardiográfico, ecocardiográfico e socioeconômico dos mesmos. Inquérito longitudinal, quantitativo e analítico. Participantes foram avaliados semestralmente em três momentos distintos tanto em âmbito ambulatorial (T0;T2) quanto via monitorização telefônica (T1), com aplicação dos instrumentos: Questionário de caracterização Clínica e Socioeconômica; Minnesota Living With Heart Failure Questionnaire (MLHFQ), Dietary Sodium Restriction Questionnaire (DSRQ) e Veterans Specific Activity Questionnaire (VSAQ). Procedeu-se à análise estatística no ambiente R: A Language and Environment for Statistical Computing, realizando medidas de tendência central, de proporção, teste de normalidade, intervalos de confiança, correlações de Spearman e análise de regressão múltipla. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética, parecer nº 1.864.889. Um total de 81 pacientes foram incluídos em T0, 74 em T1 e 72 em T2, predominantemente do sexo feminino (51,85%) e idade média de 66,75(±10,84) anos. A Classe Funcional NYHA III foi a mais prevalente (50,63 %) de etiologia chagásica (53,10%) sendo a HAS principal comorbidade (82,72%). Os escores de adesão ao baixo consumo de sódio evidenciaram estar abaixo do ponto de corte proposto para boa adesão, assim como os valores de ACR, os quais indicaram VSAQ = 3 METs em todos os momentos. Os índices de óbito aumentaram de 8,64% em T1 para 11,11% em T2, assim como a internação de 4,94% em T1 para 7,4% em T2. O MLHFQ evidenciou impacto negativo em todos os domínios, além de piora ao longo do tempo no domínio inespecífico e escore total. A condição de trabalho ativa indicou 16,5 vezes chances a mais de irem a óbito. No modelo de regressão, o domínio físico do MLHFQ estabeleceu relação significante (p<0,01) com as variáveis: sexo (r=0,25), obesidade (r=-0,22), Classe Funcional NYHA (r=0,23), Classificação da Gravidade da Cardiopatia (r=-0,44) e VSAQ corrigido para idade (r=-0,37). O VSAQ corrigido para idade estabeleceu relações significantes (p<0,01) com as variáveis independentes: Idade (r=-0,49), estado civil (r=-0,26), escolaridade (r=0,29), uso de Antitrombóticos (r=0,23), medida ecocardiográfica quantitativa da aorta (r=-0,23), alteração anatômica e funcional da válvula aórtica (r=0,24), classificação da gravidade da cardiopatia (r=0,65) e domínio físico do MLHFQ (r=-0,37). Estes resultados contribuem para o desenvolvimento de intervenções multiprofissionais direcionadas às10 necessidades de pacientes com IC, no que tange os construtos avaliados, visando a prevenção ou estadiamento de condições de piora da ACR, baixa adesão ao consumo de sódio e de QVRS.