Fatores preditores associados aos óbitos por covid-19 em pacientes internados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), Uberaba-MG
Ano de defesa: | 2023 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1730 |
Resumo: | Introdução: A COVID-19, desde a sua origem, trouxe incertezas diante de uma doença que, apesar de já possuir outros vírus da família conhecidos pela ciência, assolou todo o mundo. Para a pandemia ocasionada pelo SARSCoV-2, compreender os fatores preditores dos óbitos auxiliam tanto a comunidade científica a lidar com esse fenômeno quanto os órgãos e setores responsáveis a adotar ações que controlem e diminuam as taxas de mortes pela doença. A vacina permite a redução nas taxas de mortalidade, atuando no campo da proteção em massa e diminuindo as taxas de infecção entre a população. O país possui pesquisas no campo da COVID-19, porém, são escassos estudos sobre a epidemiologia das mortes associadas à vacinação contra a COVID-19. Objetivo: Analisar os fatores preditores associados aos óbitos por COVID-19, em pacientes internados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), residentes na cidade de Uberaba-MG, no ano de 2021. Metodologia: Trata-se de um estudo de estudo observacional, quantitativo, retrospectivo, de caráter exploratório. A amostra de 856 pessoas foi extraída de uma população de 2.891 pessoas residentes em Uberaba/MG e notificadas no SIVEPI-Gripe. O cálculo do tamanho amostral considerou uma prevalência de óbitos de 38,0%, uma precisão de 3% e um intervalo de confiança de 95%, chegando-se a uma amostra mínima de 747 participantes. Os bancos de dados secundários e retrospectivos foram solicitados à Secretaria Municipal de Saúde de Uberaba-MG, os referentes aos óbitos foram oriundos do "Formulário de Investigação de óbito por COVID-19, Minas Gerais 2020”. A análise dos dados do esquema vacinal foi verificada pelo cruzamento dos dados do SI- PNI, para verificar a situação vacinal e tipo de imunobiológico utilizado. Foi utilizada análise bi-variada para calcular o risco relativo e a razão de chance bruta ou não ajustada. O teste do qui-quadrado de Pearson foi empregado para analisar a diferença entre as principais variáveis preditoras de óbito e entre os grupos “não imunizado ou esquema vacinal incompleto” e com “esquema vacinal completo”. A influência simultânea dos fatores associados incluiu a análise de regressão logística binomial múltipla para obtenção dos coeficientes de associação ajustadas (odds ratio). O nível de significância adotado foi de 5,0%. O presente projeto cumpriu todos os procedimentos éticos para pesquisa com seres humanos, aprovado no CEP, número CAAE: 66396622.0.0000.5154. Resultados: Do total, 54,0% tinham mais de 60 anos e 55,9% eram do sexo masculino. Em relação às comorbidades, 29,6% eram hipertensos, 22,4% tinham doença cardiovascular, 20,0% tinham diabetes e 7,7% eram obesos. Foram associados aos óbitos por COVID-19, em pacientes internados com quadro de SRAG, ser hipertenso, diabético, obeso e ter 60 anos ou mais. Em relação à vacina, não foi possível realizar a comparação entre os grupos de vacinados e não vacinados, pois dos que foram a óbito apenas 72 (23,3%) tinham esquema vacinal completo, enquanto 176 (56,9%) não haviam recebido nenhum tipo de imunizante, e 61 (19,7%) tinham esquema vacinal incompleto. Conclusão: Os fatores de risco associados ao óbito por COVID-19 foram hipertensão, diabetes, obesidade e idade maior que 60 anos. |