A família e a psicoterapia infantil: uma relação necessária.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: ALMEIDA, Fabiana da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1652
Resumo: O presente trabalho analisou as diferentes perspectivas envolvidas na relação existente entre a família e o psicólogo durante a psicoterapia infantil. Sabe-se que o desenvolvimento infantil abrange desde à concepção até o “crescimento físico, maturação neural, comportamental, cognitivo, social e afetivo da criança” (OMS). Reconhecer a infância como produto histórico-dialético é compreender o processo de constituição da subjetividade como fenômeno complexo permeado por inúmeras variáveis que contribuem para a promoção de desfechos favoráveis ou que facilitam as condições de adoecimento ou sofrimento psíquico. A psicoterapia infantil é atravessada diretamente pela participação da família e busca auxiliar as crianças a expressar os seus sentimentos, angústias e problemáticas de uma forma satisfatória. Dessa forma, este trabalho elaborou uma revisão integrativa nas bases de dado BVS, Cinahl, IBECS, LILACS, Med Line, Pepsic, Psycinfo, PubMed, Redalyc e SciELO durante os meses de março de 2021 e setembro de 2021. Inicialmente, esse estudo se mostrou uma estratégia que visava observar nas publicações científicas a respeito do tema, quais eram as características e os fatores que estão positiva/negativamente relacionados à clínica infantil e confirmou a imprescindibilidade da relação entre a família e o psicólogo na psicoterapia infantil, além de subsidiar a realização da pesquisa de campo. Complementarmente, o segundo estudo observou de forma mais direta como se efetiva a relação entre o psicólogo, a família da criança por meio de entrevistas com psicólogos da Rede de Atenção Psicossocial - RAPS, de Uberaba-MG. A influência dos processos sociais determinados pela dialética entre a pessoa e as suas relações estiveram presentes durante as entrevistas, sendo que as condições materiais e sociais da criança e da família devem ser devidamente consideradas para a compreensão do fenômeno da saúde mental. Em ambas as investigações, a pesquisadora notou que a família é parte essencial na construção de uma psicoterapia efetiva, seja por sua participação no desenvolvimento da criança por ser a responsável por dar a ela boa parte do conhecimento e cultura que irão constituir seu processo de formação, bem como por ser responsável por auxiliar na adesão do tratamento e ser também aquela que favorece as reflexões e práticas evocadas na psicoterapia. A partir deste trabalho, observa-se aspectos que podem ser objetos de futuras investigações, bem como pontos que podem ser aprimorados na construção de uma clínica psicológica que entenda o sujeito imbricado em seu contexto social e histórico, sendo produzido por ele na mesma medida em que o produz. Entretanto, sugere-se que novos estudos acerca da relação entre a família e a psicoterapia infantil sejam estimulados em diferentes contextos sócio-históricos e culturais, o que favorece a compreensão cada vez maior da temática, visto que esta revisão mostrou que o tema é escasso e ainda pouco estudado no Brasil.