A realidade do perfil sociodemográfico e de saúde em idosos: focalizando vulnerabilidades para o COVID 19
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1394 |
Resumo: | O aumento da idade, quando acompanhado de problemas de saúde, pode causar grande impacto aos cofres públicos, o que faz com que as políticas públicas direcionadas aos idosos sejam revistas, possibilitando em um envelhecimento saudável e reduzindo o ônus decorrente do processo de envelhecimento na economia do país. Os idosos são um dos principais grupos de risco para COVID-19, razão pela qual receberam destaque nas notícias a respeito da doença nos jornais analisados no que diz respeito à situação de casos e da evolução ao óbito dos casos mais graves, o que se associava aos dados divulgados por órgãos epidemiológicos. A pandemia do COVID-19 influenciou diretamente na saúde toda a população principalmente dos mais vulneráveis a casos grave da doença, como os idosos. O perfil antes conhecido desta população passa então por alterações, que precisam ser estudas, seus perfis comparados, discutidos e analisados para que se possa gerar novas políticas públicas que absorvam as novas demanda e características desta população. O objetivo desta pesquisa foi avaliar condições de vulnerabilidade para SARS-COV-19, com base em dados do esutdo Perfil de Saúde da População Idosa dos Municípios da Gerência Regional de Saúde de Uberaba – Minas Gerais considerando perfil demográfico, social e clínicos. Trata-se de um estudo transversal de base populacional, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, cuja amostra é representativa da população idosa residente na Macrorregião do Triângulo Sul de Mina Gerais. O cálculo do tamanho amostral considerou uma prevalência do desfecho prevalência de depressão de 32,7%. Os idosos participantes responderam a um questionário estruturado e instrumentos validados pra a população idosa brasileira, como o GDS-15, WHOQOL-old e WHOQOL-Old, escala de Edmont, Índice de Lawton e Katz. Os dados coletados foram tabulados em dupla digitação em uma planilha do software Excel, versão 2016 e as análises estatísticas, realizadas no software Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 22.0. Até o momento do início da pandemia e suspensão da coleta de dados 450 idosos. Referente ao perfil sociodemográfico a idade média dos participantes foi 70,6(±7,6) anos, a maioria eram mulheres (63,8%), com companheiro (49,1%), com ensino fundamental incompleto (42,9%), cor da pele branca (51,1%) e a maioria não possuía ocupação remunerada (60,4%). Em relação as variáveis de saúde, a maioria dos participantes referiram possuir hipertensão arterial sistêmica (60,7%), e 33,8% disseram possuir diagnóstico de Diabete Mellitus. Considerando os sintomas depressivos, a média dp instrumento GDS-15 foi de 4,2(±3,9) pontos. Considerando de uma maneira geral não possuíam classificação de fragilidade, uma vez que a média da escala de Edmont foi de 3,88(±2,7). Em relação a funcionalidade, o índice Katz apontou uma média de 6,1(±1,1) e a escala de Lawton uma média de 12,4(±2,9). Pela escala de Lawton os indivíduos desta pesquisa foram classificados como dependentes para as atividades instrumentais, e pelo índice Katz os idosos foram classificados como independentes. Este estudo identificou idosos, com predomínio de idade 60 a 74 anos, sexo feminino, aposentadas e com companheiro. Notou-se que houve uma preeminência de idosos não vulneráveis e independentes, evidenciando um envelhecimento ativo dessa população. Foi identificado uma boa percepção de qualidade de vida, porém foi identificado dependência para as atividades instrumentais. O aprendizado reforçado nesta pandemia é que os idosos possuem características e peculiaridades próprias, além da diversidade/pluralidade/complexidade do envelhecimento humano. Nesse cenário, apesar dos conceitos fundamentais da epidemiologia, virologia, imunologia, e tantos outros necessários e recorrentes, não se pode abster dos fundamentos da teoria e prática gerontológica, que promovem o diferencial para a adoção de medidas eficazes na proteção do grupo de risco dos idosos. |