Funcionamento cognitivo de idosos vivendo com HIV
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1335 |
Resumo: | O envelhecimento da população infectada com HIV/aids aumentou exponencialmente e, em 2015, constatou-se o maior registro de pessoas acima de 50 anos vivendo com HIV/aids; cerca de 5,8 milhões de pessoas em todo o mundo e uma redução de aproximadamente 10% nos óbitos em decorrência da doença. A população idosa com HIV aumentou devido a inúmeros motivos: determinantes sociais, tais como o tratamento da disfunção erétil, permitindo a vida sexual na velhice, a dificuldade da inserção do preservativo na vida sexual dos idosos, o menor acesso dos idosos a informação sobre sexo seguro entre outros. Conhecer essa população poderá contribuir para a estruturação de possíveis planos de intervenção e promoção de saúde cada vez mais eficazes a esse público. Além disso, os profissionais de saúde, poderão beneficiar-se das informações, ao passo que ao tomar conhecimento dos resultados poderão pensar e trabalhar com intervenções cada vez mais eficazes para a população idosa vivendo com HIV/aids em uso de TARV. Diante desta perspectiva, foi proposta uma dissertação de mestrado com o objetivo de avaliar aspectos cognitivos e emocionais de idosos vivendo com HIV/aids em uso de TARV. Foram utilizados para os dois estudos empíricos os instrumentos: Mini-Exame do Estado Mental (MEEM); Teste do Relógio; Teste dos Cinco Dígitos (FDT); Teste Não Verbal de Inteligência Geral (Beta – III); Figuras complexas de Rey; Inventário Geriátrico de Ansiedade (GAI); Escala de Depressão Geriátrica de cinco itens (GDS-5). No estudo 1, foram realizadas análises descritivas (distribuição de frequência absoluta e relativa, média, mediana, desvio-padrão) bivariadas (correlação de Spearman, qui-quadrado). Como resultados observa-se que os idosos vivendo com HIV/aids tiveram resultados inferiores à média na maior parte dos instrumentos de avaliação cognitiva avaliados; bem como tiveram resultados indicativos de transtorno de ansiedade e de depressão. Além disso, mostraram comprometimento cognitivo, àqueles que 7 tiveram resultado cognitivo inferior à média no BETA-III, FDT e Figuras Complexas de Rey. No estudo 2, foram realizadas análises descritivas (distribuição de frequência absoluta e relativa, média, mediana, desvio-padrão) bivariadas (correlação de Spearman, qui-quadrado) e regressão logística. Na população investigada os fatores associados a CCL foram viver com HIV/aids, uso de medicamento e depressão. Ao desfecho depressão se associaram viver com HIV/aids, CCL, sexo feminino, medicação, ansiedade e escolaridade. À ansiedade foram associados apenas depressão e acordar descansado. Dessa forma, o estudo demonstrou a importância de investigar o estado emocional e cognitivo de idosos vivendo com HIV/aids, bem como a necessidade de entender suas interrelações, para compreender o adoecimento cognitivo e emocional de idosos. É preciso focar em intervenções para auxiliar na melhora da saúde emocional e cognitiva de idosos vivendo com HIV/aids e de idosos em geral, devido a multimorbidade existente e ao envelhecimento natural, que acomete essa população afim de diminuir possíveis agravos. |