Educação infantil no contexto da pandemia: olhar docente sobre o trabalho remoto emergencial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: AMARAL, Hellem
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais - IELACHS::Curso de Graduação em Letras
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1860
Resumo: Em uma jornada percorrida pelos bastidores da prática e fontes de saberes científicos, este estudo teve por objetivo identificar à luz da Teoria Histórico-Cultural e a partir do olhar docente como se estabeleceu a adequação das atividades norteadas pelo ensino remoto emergencial para a Educação Infantil no contexto pandêmico em uma escola pública da cidade de Patos de Minas, MG. Baseado em pressupostos teóricos de autores como Vygotsky (2007), Nóvoa (1996), Wallon (2007), Ariès (1986), do Conselho Nacional de Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Básica (Brasil, 2013a) dentre outros, adotou-se uma abordagem metodológica qualitativa exploratória. Com o objetivo de registrar experiências vivenciadas pelas professoras participantes no período de aulas remotas, foi realizada uma entrevista coletiva gravada em áudio em que se estabeleceu um diálogo com posterior análise interpretativa dos relatos a partir de Bardin (1977) e Franco (2005). Participaram do estudo 4 professoras que contribuíram com uma entrevista coletiva, a partir de 1 (um) encontro norteado pelos objetivos do trabalho e por um roteiro semiestruturado. A análise de dados foi realizada a partir do material selecionado, preparado e categorizado. Foram observados os elementos circundantes que envolveram o processo, como as condições de trabalho e interação entre professores, pais e estudantes, durante o ensino remoto emergencial. Os dados apontam que não houve uma transição sistemática do ensino presencial para ensino remoto, ocorreu uma adaptação forçada baseada em ações improvisadas e ausência de preparação formativa que intensificou as dificuldades, destacando a necessidade urgente de apoio estruturado para enfrentar novos desafios educacionais. A transição abrupta para o ensino remoto durante a pandemia provocou sentimentos de surpresa e exacerbou a insegurança no processo de aprendizagem dos estudantes e suas famílias. No olhar docente, a sequência didática metodológica adotada pela Secretaria Municipal para a Educação Infantil foi uma alternativa exitosa, apesar das dificuldades para alinhar os profissionais ao processo de produção dos Cadernos de Atividades. Houve unanimidade entre as participantes de que o ensino remoto não abrange todos os aspectos essenciais do desenvolvimento infantil. O estudo também aponta incertezas e controvérsias sobre as melhores formas de manter o vínculo com os estudantes naquele período, em razão das ações sugeridas pelos documentos oficiais nacionais e estaduais terem sido distantes, de cunho amplo e por não apresentarem ações concretas do que poderia ser realizado no ensino remoto emergencial, sobretudo para a Educação Infantil e suas especificidades.