Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Lucas Eduardo Silva de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/250754
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Resumo: |
A pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19) trouxe grandes desafios para o mundo e, consequentemente, para a Educação. Nesse cenário, o governo Federal impôs o isolamento social para reduzir o contágio e disseminação do vírus, e implementou, por meio de deliberação aprovada pelo Conselho Estadual de Educação, o ensino remoto emergencial. Assim, os professores tiveram que adaptar suas práticas aos meios digitais para que os estudantes continuassem seu processo formativo. Posto isto, a presente pesquisa, vinculada à Linha de Pesquisa “Processos Formativos, Ensino e Aprendizagem, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da UNESP, Campus de Presidente Prudente, tem como objetivo geral caracterizar as práticas declaradas dos professores da rede estadual do município de Adamantina/SP que lecionaram Matemática para o Ensino Fundamental II (E.F. II) durante o período do ensino remoto emergencial (ERE). Os objetivos específicos compreendem: a) identificar o perfil dos professores de Matemática que atuaram no E.F. II da rede estadual no município de Adamantina/SP durante o ERE; b) identificar o conhecimento pedagógico e tecnológico dos professores que atuaram no E.F. II da rede pública do município de Adamantina/SP durante o ERE; c) analisar as práticas declaradas dos professores durante o ERE. Para tanto, optou-se por uma abordagem qualitativa, de natureza analítico-descritiva e para a coleta de dados foram utilizados questionários e entrevistas semiestruturadas gravadas em áudio e/ou vídeo com nove professores e seis coordenadoras de três escolas estaduais do município de Adamantina/SP. Logo, a partir dos dados coletados por meio dessas ferramentas, utilizou-se da análise de conteúdo temática para a interpretação dos dados, separada em três categorias: 1) realização das aulas durante o ERE; 2) aprendizagem discente durante o ERE e 3) ensino-aprendizagem após o ERE. Os resultados da primeira categoria apontaram que os docentes conseguiram se adaptar ao ensino remoto, alguns apresentando um pouco mais de dificuldades do que outros devido a formações mais instrutivas do que integradoras em relação ao uso das tecnologias digitais e, em relação às práticas, a maioria transferiu ao digital o que era feito no presencial. Apenas dois professores demonstraram possuir conhecimento tecnológico suficiente para remodelarem suas práticas e realizarem um ensino em que o estudante tivesse uma participação mais ativa, não sendo apenas um receptor passivo de conhecimento. Os resultados da segunda categoria mostraram que os discentes tiveram grande prejuízo quanto à aprendizagem durante o ensino remoto visto que muitos não tinham acesso às tecnologias digitais e à internet, além de enfrentarem problemas em seus domicílios como desemprego, fome e óbitos dos familiares. Assim, a evasão foi muito grande, com poucos estudantes participando das aulas remotas e entregando as atividades propostas pelos docentes. Quanto aos resultados da terceira categoria, em relação a aprendizagem dos discentes após o retorno ao ensino presencial, houve necessidade de retomada constante dos conteúdos dos anos anteriores, efeito da baixa adesão dos estudantes ao ensino remoto. Contudo, os docentes puderam aprender a utilizar novas ferramentas digitais e são defensores do uso para o ensino de Matemática dado que perceberam as potencialidades que elas podem oferecer ao processo de ensino-aprendizagem. Por fim, pode-se concluir que os professores e as escolas se esforçaram para permanecerem em contato com os discentes e suas famílias, amparando-os em questões tecnológicas e pedagógicas, mas esse esforço empregado não atingiu as metas de qualidade de ensino e aprendizagem. Além disso, esse período mostrou a importância de serem oferecidas formações que favoreçam a reflexão, criticidade e autonomia docente e também o investimento em políticas públicas mais sólidas a fim de prepará-los para o ensino, integrando efetivamente as tecnologias digitais nos processos educativos. |