Qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes submetidos à prostatectomia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: MASSA, Danielle Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/739
Resumo: Introdução: O câncer de próstata (CaP), no Brasil, é o segundo mais comum entre os homens, sua taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos e ocorre, na maioria das vezes, a partir dos 65 anos de idade. Para diagnosticar o CaP, é realizado o exame de toque retal e a dosagem do PSA, podendo ser confirmado por meio da biópsia. Quando o CaP está localizado, as opções de tratamento são a cirurgia, a radioterapia ou a observação vigilante. A prostatatectomia radical (PR) consiste na ressecção completa da próstata, uretra prostática, vesículas seminais e ampolas dos ductos deferentes, associada ou não à realização de linfadenectomia bilateral. Durante o tratamento do CaP, a satisfação e a qualidade de vida do paciente são afetadas, devido aos sintomas como dor ao urinar, incontinência urinária, disfunção sexual e alterações intestinais. O câncer causa um impacto grande na vida do paciente e avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde é importante para uma abordagem mais humanista, visando desenvolver estratégias para diminuir os efeitos indesejados da doença. Objetivo: avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde de pacientes que se encontram no pós-operatório tardio de prostatectomia e fatores associados a possíveis alterações nos padrões urinários, intestinal, sexual e hormonal. Procedimentos metodológicos: trata-se de estudo observacional transversal com abordagem quantitativa. Para a coleta de dados, foram utilizados dois instrumentos, sendo um para caracterização sociodemográfica e clínica dos pacientes e o questionário Expanded Prostate Cancer Index Composite (EPIC) para avaliar os domínios de função urinária, hábitos intestinais, função sexual e função hormonal. Os dados do roteiro de entrevista foram submetidos à análise descritiva. A análise bivariada para preditores dicotômicos empregou o teste para postos de Mann-Whitney e a análise de preditores quantitativos e ordinais incluiu, respectivamente, correlações de Pearson e Spearman. A contribuição simultânea de preditores demográficos e clínicos incluiu a análise de regressão linear múltipla. Foi considerado um nível de significância de α=0,05. Resultados: participaram do estudo 70 pacientes. A idade variou de 45 a 86 anos, sendo a média de 67 anos. Predominaram pacientes sem antecedentes familiares com CaP, casados, brancos, aposentados, com escolaridade o primeiro grau incompleto, com renda mensal de um salário e com dois a três dependentes. Com relação à queixa máxima por função, 11,4% relataram muito problemático para a função urinária; 4,3% moderadamente problemático para hábito8 intestinal e 47,1% muito problemático para a função sexual. Verificou-se que 78,6% raramente ou nunca se sentiram deprimidos e 77,1% dos pacientes raramente ou nunca apresentaram falta de energia. Conclusão: o maior impacto na QVRS do paciente prostatectomizado foi em relação à função sexual. Avaliar a QVRS é importante para verificar os resultados obtidos a partir dos tratamentos disponíveis. Não se pode pensar em aumentar a sobrevida do paciente sem que ele tenha o mínimo de qualidade de vida possível.