Papel do sistema complemento na patogênese da glomeruloesclerose segmentar e focal e da doença de lesões mínimas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: FERREIRA, Verônica Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1641
Resumo: Introdução: As podocitopatias, doença de lesões mínimas (DLM) e glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF), são as principais causas de síndrome nefrótica no mundo e morfologicamente, apresentam apagamento dos pedicelos na microscopia eletrônica de transmissão. Sabe-se que o sistema imunológico é importante na etiopatogenia dessas doenças e, em especial, a ativação do sistema complemento vem sendo reconhecida como causa de lesão e como um fator de mau prognóstico em várias doenças renais. Objetivo: Avaliar a deposição de imunoglobulinas e partículas do sistema complemento em biópsias renais de pacientes com GESF e DLM, e relacionar com dados laboratoriais e prognóstico. Materiais e métodos: Foram selecionadas 59 biópsias renais de pacientes com podocitopatias, sendo 31 pacientes com GESF e 28 com DLM. Avaliou-se as informações epidemiológicas, clínicas, laboratoriais e prognóstico desses pacientes. Foi realizado a análise da deposição de IgM, IgG, C3 e C1q nas biópsias renais através da técnica de imunofluorescência e de C4d pela imuno-histoquímica. Relacionamos a deposição de IgM e C3 com os dados laboratoriais e o desfecho clínico. Resultados: A deposição glomerular de IgM foi significativamente maior no grupo GESF, assim como a codeposição de IgM e C3. A evolução clínica dos pacientes também foi pior nos casos de GESF, com um percentual maior progredindo para doença renal crônica e óbito. Em contrapartida, a grande maioria dos pacientes com DLM apresentou melhora da doença após tratamento. Pacientes com deposição de C3 apresentaram valores médios de creatinina sérica significativamente maiores e TFGe significativamente menores, independente da doença. Conclusões: Pacientes com GESF apresentaram mais deposição de IgM e C3, nas biópsias renais, piores parâmetros laboratoriais e evolução clínica do que os pacientes com DLM. A deposição de C3, tanto na GESF quanto na DLM, pode contribuir para a piora da função renal.