Arranjo domiciliar e a evolução da capacidade funcional de idosos: um estudo longitudinal
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Atenção à Saúde das Populações BR UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/116 |
Resumo: | Esta pesquisa objetivou comparar a evolução da capacidade funcional entre os idosos que moram sós, acompanhados e com mudanças do arranjo domiciliar durante o período de 2005 a 2012, ajustado para idade, sexo, estado conjugal, renda, escolaridade e número de morbidades; e, verificar os determinantes do arranjo domiciliar de idosos. Este estudo faz parte de um estudo longitudinal realizado no município de Uberaba-MG. As coletas dos dados ocorreram nos anos de 2005, 2008 e 2012. Participaram da pesquisa 623 idosos. Utilizou-se o Questionário Brasileiro de Avaliação Funcional e Multidimensional (BOMFAQ). Foi realizada análise estatística descritiva por meio de distribuição de frequências absolutas e percentuais. Na comparação da evolução dos escores de capacidade funcional e os grupos segundo a dinâmica do arranjo domiciliar recorreu-se a análise de modelos mistos (mixed models), sendo esta utilizada também para o ajuste (p<0,05). Para verificar os determinantes do arranjo domiciliar utilizou-se a regressão logística multinomial (p<0,05). Do total de idosos: 34 (5,5%) permaneceram sozinhos, 475 (76,2%) moravam acompanhados e 114 (18,3%) apresentaram mudança do arranjo domiciliar durante o seguimento. Predominaram, em ambos os grupos, indivíduos do sexo feminino, na faixa etária de 60├ 70 anos e com 1├ 4 anos de estudo. A maioria dos idosos, nos três grupos, possuía 1|┤ 3 salários mínimos em 2005, 2008 e 2012; com aumento na distribuição de indivíduos nessa faixa de renda ao longo do seguimento. Nos três períodos estudados, os idosos com mudança do arranjo domiciliar em sua maior parte não tinham companheiro; diferentemente do constatado entre aqueles que moravam acompanhados. Todas as pessoas que residiam sozinhas não tinham companheiro (100,0%). Concernente ao número de morbidades, em 2005, predominaram indivíduos com 1|-|2 doenças nos três grupos. Nos seguimentos posteriores, a maior parte tinha mais de quatro morbidades. Ressalta-se que aqueles que mudaram o arranjo domiciliar tiveram o maior percentual de morbidades. Os idosos que permaneceram sozinhos apresentaram os melhores escores de capacidade funcional ao longo do seguimento. Contudo, esse grupo teve o maior declínio funcional em relação aos acompanhados (p=0,075) e aos que mudaram o arranjo domiciliar (p=0,381); embora sem diferença significativa. Verificou-se que as variáveis explicativas da diminuição da média dos escores de capacidade funcional foram o aumento da idade (p<0,001) e o maior número de morbidades (p<0,001). Em relação aos determinantes do arranjo domiciliar, obteve-se que idosos do sexo masculino apresentaram aproximadamente 75% menos chances de morar sozinhos (p=0,007) e 61% menos chances de mudar o arranjo domiciliar em relação às mulheres (p=0,005). Ter menos de um salário mínimo diminui aproximadamente 72% as chances de mudança do arranjo domiciliar em relação aos indivíduos com mais de três salários mínimos (p=0,034). Conclusão: O arranjo domiciliar não influenciou na evolução da capacidade funcional de idosos, sendo que o aumento da idade e o maior número de doenças foram as variáveis que contribuíram para o declínio funcional. Os determinantes do arranjo domiciliar foram o sexo e a renda. Os conhecimentos obtidos nesta pesquisa poderão subsidiar políticas públicas de saúde que visem assistir os idosos nos diferentes contextos em termos de arranjo domiciliares. |