Capacidade funcional de idosos institucionalizados
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/996 |
Resumo: | Introdução: O processo de institucionalização isoladamente é considerado um preditor de agravo à capacidade funcional. Objetivos: avaliar a capacidade funcional para ABVD de idosos institucionalizados no seguimento de seis meses, com objetivos específicos: descrever as instituições de longa permanência de acordo com a resolução colegiada n° 283 de 2005 (RDC 283/2005); caracterizar os idosos segundo as variáveis: sociodemográficas; causas e tempo de institucionalização; presença de visita de familiares e/ou amigos e clínica segundo a capacidade funcional para a ABVD, ao longo do seguimento; verificar a melhora e a piora da ABVD segundo as categorias de dependência e áreas de funcionalidade; verificar modificações na capacidade funcional para ABVD e AIVD; desempenho físico; capacidade cognitiva e indicativo de sintomatologia depressiva de idosos institucionalizados, ao longo do seguimento e identificar os fatores preditores de melhora e piora da capacidade funcional para ABVD no seguimento de seis meses. Metodologia: estudo longitudinal, com abordagem quantitativa realizado em oito instituições filantrópicas de longa permanência para idosos do município de Uberaba, MG. A amostra foi constituída por 173 idosos avaliados em dois momentos. Foram utilizados dois instrumentos: para a caracterização das ILPI segundo a RDC n°283/2005 e, para avaliação das características sociodemográficas; causa e tempo de institucionalização; medidas antropométricas; força de preensão palmar; condições clínicas e as escalas Mini Exame do Estado Mental; Index de Katz e Lawton; Escala de Depressão Geriátrica abreviada e Short Physical Performance Battery. Foi realizada análise descritiva, Teste Qui-quadrado; Teste T pareado; Teste McNemar e modelo de regressão multinomial bruta e ajustada. Considerou-se o nível de significância p≤0,05. Resultados: as instituições encontravam-se regularizadas quanto à documentação preconizada pela RDC n°283/2005. Ao longo do seguimento houve diminuição da capacidade funcional para ABVD entre os idosos independentes e dependente total e aumento para os dependentes parcial. Todos os idosos apresentavam dependência para AIVD. Com relação à causa de institucionalização verificou-se que os idosos independentes foram admitidos pelo fato de morarem sós (p=0,020); os dependentes parcial por adoecimento (p=0,002) e os dependente total tanto por adoecimento (p=0,002) quanto à dificuldade do cuidador (p=0,049). E os dependentes totais apresentaram melhora para dependência parcial (43,8%) e nenhum para independência. A avaliação por áreas de funcionalidade denotou que os idosos apresentaram maior percentual de melhora para continência e tomar banho, estabilidade para o uso do vaso sanitário e alimentação e, piora para a transferência e continência. Ao longo do seguimento, houve maior proporção de 8 idosos com piora para a realização das ABVD (p=0,033) e AIVD (p=0,037) e desempenho físico (p=0,035); indicativo de declínio cognitivo(p=0,004).A presença de declínio cognitivo foi preditora para melhora da ABVD. Idosos com declínio cognitivo apresentam 6,16 vezes mais chances de apresentar melhora para ABVD. Conclusão: as variáveis sexo; idade; tempo de institucionalização; polimorbidades; polifarmácia; hospitalização e queda recente; autopercepção negativa de saúde; baixa força de preensão palmar; indicativo de sintomatologia depressiva e baixo peso não estiveram associadas a condição de piora da ABVD. A identificação das variáveis relacionadas à melhora e piora da capacidade funcional permite aos profissionais de saúde, especificamente o enfermeiro presente em todas as ILPI, propor ações que contribuam para prevenção de agravos à saúde dos idosos e piora da capacidade funcional para ABVD. |