Situações de violência sexual infanto-juvenil registradas no Conselho Tutelar de Uberaba-MG.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Tavares, Laureni Conceição
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Atenção à Saúde das Populações
BR
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/141
Resumo: A violência sexual infanto-juvenil causa vários prejuízos ao desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes, com consequências desastrosas tanto do ponto de vista do indivíduo vitimizado quanto da sociedade como um todo. Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo descrever as situações de violência sexual infanto-juvenil, registradas no Conselho Tutelar de Uberaba/MG, no período de 1º de janeiro de 2008 a 31 de dezembro de 2009. Estudo descritivo, exploratório e retrospectivo. Foram analisados 1.858 prontuários e destes, 45 foram selecionados. Constatou-se que a família é a grande fonte de violência sexual infanto-juvenil. Do total, 26,7% dos agressores eram os próprios pais ou algum membro familiar (17,8%). O sexo feminino foi a vítima mais frequente e 71,1% dos casos ocorreram na própria residência. Os índices de agressão foram mais freqüentes na faixa etária de 12 aos 14 anos (37,8%). Houve predomínio de agressores do sexo masculino (82,2%) e da faixa etária de 30 a 39 anos (6,7%). A família teve participação em 26,7% dos casos de denúncia. Ficou evidente que a violência sexual, contra a criança e o adolescente, ocorre principalmente no interior dos lares, sendo o agressor os próprios pais ou outro familiar, os quais deveriam proteger suas crianças e adolescentes. Por serem inúmeras as consequências negativas que este tipo de violência desencadeia, tanto a nível individual quanto coletivo, é fundamental desenvolver ações de proteção às crianças e adolescentes com perspectivas de contribuir na elaboração de políticas públicas que norteiem ações em prol da prevenção e enfrentamento da violência sexual, levando em conta a importância, de integrar vários setores, tais como saúde, educação, justiça, segurança e sociedade civil organizada.