Perfil nutricional e adequação à alimentação saudável de idosos residentes em zona rural
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Atenção à Saúde das Populações BR UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/151 |
Resumo: | O envelhecimento leva a alterações corporais e fisiológicas que podem modificar o consumo alimentar do idoso, tanto em quantidade, como em qualidade. Além disso, fatores psicológicos, econômicos e sociais podem afetar o perfil nutricional dessa população. Assim, as escolhas alimentares desempenham papel relevante ao longo da vida e devem ser pautadas na promoção de nutrientes adequados, mas também no prazer. Este estudo teve como objetivos caracterizar os idosos com relação às variáveis sociodemográficas, econômicas e antropométricas; determinar a prevalência da adequação ao Guia Alimentar 10 Passos para uma alimentação saudável para a pessoa idosa; analisar a associação entre indicadores antropométricos e variáveis demográficas e verificar a influência de variáveis sociodemográficas e econômicas na adequação ao Guia Alimentar. Trata-se de uma pesquisa tipo inquérito domiciliar, analítica, transversal e observacional, realizada com 850 idosos da zona rural. As características sociodemográficas e econômicas foram colhidas por meio de entrevista, os dados antropométricos como peso, estatura e circunferência abdominal foram aferidos no local, e a ingestão alimentar foi obtida por meio de um questionário adaptado de frequência de consumo alimentar. Para análise dos dados utilizou-se o software SPSS. Realizou-se análise descritiva, proporção para descrever a prevalência e teste qui-quadrado para as comparações (p<0,05). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFTM, protocolo nº 1477. A maioria dos idosos era do sexo masculino (52,8%), faixa etária entre 60├70 anos (60,6%), casada/com companheiro (67,3%), moravam com os cônjuges (47,2%), tinham entre 4├ 8 anos de estudo (36,7%) e renda individual mensal de um salário mínimo (48,1%). Concernente ao Índice de Massa Corporal (IMC), a maioria situava-se na faixa de eutrofia (38,8%), seguida de sobrepeso (34,4%). Com relação à adequação ao Guia Alimentar 10 Passos para uma alimentação saudável para pessoas idosas, nenhum deles seguia todos os passos, o passo de maior aderência foi o 8, consumo de pouco sal (94,8%) e o de menor seguimento o 5 (6,5%), consumo adequado de carnes magras e leite. Evidencia-se que a ingestão de feijão foi adequada por significativa parcela populacional (80,1%). Referente ao IMC houve predomínio de sobrepeso nas mulheres (p=0,006) e de baixo peso entre os idosos de 80 anos e mais (p=0,001). A circunferência abdominal (CA) aumentada substancialmente predominou no sexo feminino (p<0,001) e à medida que o sobrepeso se instalava, a CA se expandia (p<0,001). Concernente à qualidade alimentar: as mulheres apresentaram maiores percentuais no seguimento dos passos do que os homens; na faixa etária apenas o passo 9 (ingestão adequada de água) se associou aos idosos de 60├80 anos (p=0,006); a escolaridade não teve relação com nenhum dos passos; e no quesito renda, o passo 4 (consumo de feijão) se associou diretamente aos idosos com rendimentos (p=0,005). Estes dados podem subsidiar ações em saúde que sensibilizem os idosos da zona rural a melhorar sua alimentação. Conhecer hábitos alimentares e sua distribuição de acordo com variáveis sociodemográficas e econômicas é importante na implementação de estratégias locais e nacionais a fim de promover melhoria de qualidade de vida. |