"Prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças de escolas públicas e privadas do ensino fundamental da cidade de Franca-SP e alguns fatores de risco associados"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Andrade, Daniela Elias Goulart de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-18092006-162308/
Resumo: Nas últimas décadas houve aumento significativo na prevalência da obesidade nos países desenvolvidos e vem crescendo também naqueles em desenvolvimento, tornando-se um dos principais problemas de saúde pública. A importância do diagnóstico e tratamento da obesidade em fases precoces da vida justifica-se, pois ela favorece alterações metabólicas que se tornam mais graves quanto maior o grau de obesidade e o tempo de sua instalação. O objetivo deste trabalho é avaliar o estado nutricional de escolares do ensino fundamental de escolas da rede pública e privada da cidade de Franca-SP e conhecer a prevalência de sobrepeso/obesidade, investigando possíveis associações entre componente alimentar, atividade física e nível sócioconomico dos mesmos, fatores considerados como possíveis influentes da obesidade, tornando-se necessário intervir com um programa de educação alimentar antes que a doença se agrave. Foram avaliados 492 alunos de ambos os sexos com idades entre 6 e 10 anos matriculados da 1a a 4a séries do ensino fundamental de escolas particulares, estaduais e municipais da cidade de Franca–SP, através de avaliação nutricional com coleta de dados antropométricos (peso e altura) e aplicação de um questionário sobre hábitos alimentares, atividade física e condição sócio-econômica elaborado pelos pesquisadores. Foi encontrado que 59,6% das crianças estudadas são eutróficas; 15,8% se encontram nas classificações de baixo peso e 24,6% foram classificadas como excesso de peso, onde 11,6% possuem sobrepeso e 13,0% obesidade. Os dados vão de encontro à literatura, porém, a prevalência da obesidade parece ser maior que os últimos achados. Houve uma associação do nível sócioconomico com a prevalência de excesso de peso, com predominância nas escolas particulares (37,4%), em relação às escolas estaduais (23,7%) e municipais (18,9%) (p=0,004). Destaca-se que 28,0% dos sujeitos obesos estão matriculados em escolas particulares. Das 492 crianças avaliadas, 56,5% realizam apenas a prática desportiva oferecida no currículo escolar. Os sujeitos classificados como eutrófico/baixo peso realizam uma freqüência mais adequada de atividade física (68,6%), se comparados com os classificados como sobreopeso/obesidade (34,4%). No que se refere aos hábitos alimentares, a preferência alimentar de 38,4% é de alimentos do grupo energético extra e 72,9% tem como alimentos que menos gostam aqueles do grupo de reguladores. A informação que o excesso de peso está instalado em aproximadamente 25% da população estudada, que o sedentarismo é a realidade da maioria das crianças, que a preferência em sua alimentação são os alimentos fontes de energia extra, enquanto, aqueles que são fontes de vitaminas, sais minerais e fibras são os de menor preferência, traz grande preocupação, tornando-se necessário desenvolver um programa de incentivo a prática de atividade e de reeducação alimentar com as crianças estudadas e suas respectivas famílias, com o objetivo de reduzir as taxas de obesidade encontradas e prevenir que esta instale nesta população.