Deterioração ambiental no estado natural da bacia do Rio Paraopeba, avaliada com Modelagem Caminho de Mínimos Quadrados Parciais.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: FERNANDES, Gabriel Henrique de Morais
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1548
Resumo: Em 25 de janeiro de 2019, ocorreu o rompimento da barragem B1 de rejeitos do Córrego do Feijão na cidade de Brumadinho (Minas Gerais, Brasil), onde foi lançado ao ambiente aproximadamente 2,8 Mm3 de rejeitos. O avanço dos rejeitos atingiu o Córrego do Feijão e o rio Paraopeba, principal fonte de água potável da região. Contudo, vários tributários que deságuam no rio Paraopeba não foram diretamente impactados pelo acidente, mantendo as condições naturais existentes na bacia antes do evento. Para caracterizar a qualidade hídrica desses tributários e associá-la à deterioração natural da bacia, se avaliou através da modelagem de caminho de mínimos quadrados parciais (PLS-PM), as variáveis intervenientes de um conjunto denso de dados espaço-temporais (diários a semanais), coletadas em 7 pontos em confluência com o rio Paraopeba, para o ano hidrológico de 2019. No modelo de Qualidade Hídrica, as variáveis latentes independentes são “Classe de Solos” (compreendendo Latossolos), “Ocupação na conservação do Solo” (compreendendo Floresta, Reflorestamento). As variáveis latentes de caráter ambiental são “Qualidade da Água” (compreendendo Alcalinidade total, Magnésio Total e Oxigênio dissolvido) e “Deterioração Ambiental” (compreendendo Aptidão/Peso). Assim, mostra-se que 51,1% da “Deterioração Ambiental” é predita pela “Qualidade da Água”, na qual a deterioração é inversamente proporcional à qualidade (β =-0,715), 52,4 % da “Qualidade da Água” é predita pelo “Escoamento Superficial” (β =-0,724), e 80,9% do “Escoamento Superficial” são preditos pelos “Classe de Solos” (β= -0,649) e “Ocupação na Conservação do Solo” (β = -0,273). Este estudo possibilitou identificar e quantificar as variáveis intervenientes na qualidade hídrica e consequente deterioração ambiental natural nos tributários, sendo um método promissor para identificar a condição natural da bacia antes da ocorrência do rompimento da barragem.