Uma proposta de ensino de Língua Portuguesa a partir da identificação de atitudes linguísticas de alunos do 7. ano de uma escola pública de Uberaba-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: CUBA, Daiana Lombardi de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais - IELACHS::Curso de Graduação em Letras
Brasil
UFTM
Programa de Mestrado Profissional em Letras em Rede Nacional
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/664
Resumo: Dentre os grandes desafios que estão presentes no ensino de língua portuguesa nas escolas públicas, um dos mais polêmicos é o trabalho com as variações linguísticas. Sabemos que a tradição do estudo prescritivo da gramática normativa nas escolas ainda é muito forte, apesar do documento oficial do governo brasileiro que orienta o ensino de língua portuguesa no Brasil, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de 1997, orientar o trabalho escolar com uma perspectiva de língua dinâmica e variável. Pensando nisso, esta pesquisa procurou investigar, por meio de um teste de atitudes linguísticas, como os alunos de duas turmas do 7º Ano de uma escola pública da cidade de Uberaba pensam sobre e como avaliam a língua portuguesa e suas variações. Além disso, fez parte da pesquisa a elaboração e aplicação de um Caderno de Atividades (e um Manual do Professor) para os alunos no qual estão presentes diferentes variedades linguísticas. A pesquisa se ampara na linha teórica da Sociolinguística, mais especificamente, no campo da Sociolinguística Educacional. Portanto, temos como referencial teórico os trabalhos de Labov (1966, 1974), Lambert et.al. (1960), Bortoni- Ricardo (2004, 2005), Scherre (2005), Bagno (2007), Zilles e Faraco (2015). No campo de investigação/análise das atitudes linguísticas também consideraremos o que nos mostram os trabalhos de Barcelos (2006), Santos (1976, 1996), Aguilera (2008), Cyranka (2007), Roncarati (1979,1993), Sella e Busse (2012), Corbari (2013), Barbosa e Cuba (2015), Marine e Barbosa (2016), Botassini (2015). Dentre as contribuições de nossa pesquisa, verificamos que muitos alunos ainda consideram determinadas maneiras de falar “erradas”, “estranhas”; que o preconceito linguístico ainda está presente na escola; que muitos alunos desconheciam, apesar de cursar há sete anos aulas de Língua Portuguesa na escola, o que é variação linguística, seus tipos e por quê ela pode ocorrer; que as aulas de Língua Portuguesa proporcionam poucos momentos de reflexão sobre a língua; que os alunos julgam a condição social de uma pessoa de acordo com sua maneira de falar; que é possível realizar um trabalho sociolinguístico em sala de aula.