Presenteísmo, absenteísmo e os aspectos psicossociais do trabalho entre servidores em cargos de gestão de uma universidade federal brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, Letícia Paim Barbosa da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Brasil
UFTM
Programa de Mestrado Profissional em Administração Pública em Rede Nacional
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1073
Resumo: O trabalho é essencial para o indivíduo, mas diversos fatores relacionados ao trabalho podem impactar a saúde física e mental dos trabalhadores. Dentre os tipos de afastamento do trabalho, o absenteísmodoença pode fornecer pistas de como o contexto organizacional contribui para o processo saúde-doença. No absenteísmo-doença, o trabalhador fica impossibilitado de trabalhar devido ao seu adoecimento. O oposto do absenteísmo é o presenteísmo, que pode ser definido como a presença física do trabalhador em seu ambiente de trabalho, apesar de estar acometido por um problema de saúde físico e/ou mental. O presente estudo teve como objetivo avaliar as relações entre os aspectos psicossociais do trabalho - estresse no trabalho e síndrome de Burnout - e o presenteísmo e o absenteísmo-doença entre servidores em cargos de gestão da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Para tal, todos os servidores em cargos de gestão foram convidados a preencher um questionário online abordando aspectos sociodemográficos e de trabalho. A amostra foi composta por 106 gestores. O presenteísmo foi observado em 51,9% do grupo, sendo 45,2% dos presenteístas com queda no desempenho das atividades laborais devido ao presenteísmo. Um total de 42,9% dos gestores foi classificado com alta demanda de trabalho, 55,7% com baixo controle no trabalho e 59,6% com baixo apoio social. A síndrome de Burnout esteve presente em 10,5% do grupo, com uma frequência de 23,3% para o distanciamento emocional alto, 39,1% para a exaustão emocional alta, 51,1% para realização pessoal baixa e 53,5% para desumanização alta. O absenteísmo foi observado em 20,8% do grupo. Para os gestores com apoio social baixo, observou-se uma associação do aumento do distanciamento emocional e da diminuição da desumanização com a maior chance de presenteísmo. Entre os gestores com apoio social alto, o aumento nos escores da demanda foi associado à maior chance de presenteísmo. Para a subamostra de presenteístas, foram observadas associações estatisticamente significativas da diminuição do controle, do aumento da exaustão emocional e da desumanização com as maiores chances de queda no desempenho laboral devido ao presenteísmo. A partir deste diagnóstico, foi elaborado um relatório técnico com propostas para atenuar os riscos psicossociais no ambiente de trabalho e reduzir a perda de produtividade relacionada ao presenteísmo. Espera-se que os resultados obtidos na instituição pública estudada possam despertar o interesse da alta administração, dos gestores e dos pesquisadores da área, além de permitir futuras comparações com resultados de estudos conduzidos em outras instituições públicas.