Interrelação do fenótipo de fragilidade com as dimensões de qualidade de vida em idosos
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/1033 |
Resumo: | O envelhecimento populacional acelerado, aliado ao aumento da expectativa de vida nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, traz paralelamente o aumento da prevalência de doenças crônicas e incapacidades que podem levar o indivíduo a se tornar frágil influenciando a qualidade de vida, além de provocar impacto no sistema de saúde. Em idosos a fragilidade constitui fator de risco para inúmeros desfechos prejudiciais, como mortalidade e incapacidades. A identificação precoce da síndrome de fragilidade pode ajudar as equipes de saúde na intervenção precoce. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a prevalência dos fenótipos de fragilidade e sua relação com as dimensões de qualidade de vida relacionada à saúde em idosos. Trata-se de um estudo observacional, analítico com delineamento transversal, sendo utilizado o banco de dados do projeto ELSIA- Estudo Longitudinal do Idoso de Alcobaça - BA. Foram utilizadas as variáveis sociodemográficas: sexo, faixa etária, estado civil, escolaridade, arranjo familiar e ocupação; variáveis de saúde: doenças relatadas, medicamentos, hospitalização e percepção de saúde. Na classificação de fragilidade foram empregados os critérios de Fried e para avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde foi utilizado o instrumento EQ-5D-5L do grupo Euroqool. Os dados foram analisados utilizando os procedimentos da estatística descritiva, por meio de frequências absolutas e relativas, médias, percentuais, além de procedimentos da estatística inferencial (Qui-quadrado e regressão de Poisson). Para o cálculo das razões de prevalências brutas e ajustadas, considerou-se um nível de significância de p≤ 0,05 e intervalo de confiança (IC) de 95%. A população do estudo foi constituída de 473 idosos; no entanto somente 457 (96,61%) apresentavam dados completos para todas as variáveis. A média de idade foi de 70,14 anos (DP=8,2), sendo 37,6% (n=172) homens e 62,4% (n=285) mulheres. A prevalência de fragilidade em idosos foi de 19,5% (n=89) robusto, 58,4% (n= 267), pré-frágil e 22,1% (n=101) frágil. A fragilidade foi associada à faixa etária, estado civil, escolaridade, ocupação, número de doenças, uso de medicamentos e hospitalização. Permaneceram associados à condição de fragilidade a faixa etária e hospitalização no último ano. Idosos frágeis apresentaram maior frequência de problemas em todas as dimensões de Qualidade de Vida quando comparados aos não frágeis. As dimensões de qualidade de vida relacionada à saúde mobilidade, cuidados pessoais, atividades habituais, dor/mal-estar e ansiedade/depressão apresentaram associação com a fragilidade, permanecendo associadas após análise ajustada as dimensões mobilidade e atividades habituais. Idosos com problema de mobilidade apresentam 2,41 maior prevalência de fragilidade (IC 95%: 1,56- 3,72) e os com problemas nas atividades habituais, 1,56 maior prevalência de fragilidade (IC 95%: 1,07-2,28). Os resultados desse estudo fornecem achados sobre a prevalência e os fatores associados à síndrome de fragilidade. Além disso, fornecem informações importantes sobre os componentes de qualidade de vida relacionados à saúde que estão associados aos idosos frágeis. Estes dados podem instrumentalizar ações de saúde com a finalidade de prevenção ou regressão do processo de fragilização, tendo em vista a melhoria da qualidade de vida. |